quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Escola de Residência de portas fechadas em prol da Educação Municipal

Luiz Soares
O Secretário de Educação de Santana do Matos, reuniu dia 10/02 na Escola da comuniddade de Residência, a professora Leliane Alves de Carvalho e os pais de alunos que estudam naquele local.
O assunto foi desagradável para a comunidade. Transferir todos os alunos da Escola.
O Secretário explicou a necessidade de transferir os 18 alunos matriculados naquela Escola para outros estabelecimentos situados no Distrito de São José da Passagem, comunidade de Bom Jesus ou até para Santana, dependendo da série em que vai estudar o aluno.

Essas informações foram recebidas com preocupação e intranqüilidade pelas mães de alunos com faixa etária de 4 a 9, já que seus filhos vão enfrentar os já conhecidos, inadequados, caminhões/boiadeiras, chamados de transportes escolares do município.

O Secretário explicou que as mudanças a serem feitas, praticamente em todas as escolas do município, obedecem ao planejamento da Secretaria, dando prioridade a Economia e Adaptabilidade das Escolas para absolver a demanda em programação de Multi Ensino.
Ou seja, os estabelecimentos para onde forem transferidos os alunos estarão preparados para receber separadamente, os alunos por série em salas específicas. O que não ocorre nas escolas das comunidades, pois um professor(a) atende alunos de várias séries na mesma sala, como é o caso de Residência: uma professora, uma única sala para atender 18 alunos de séries diferentes.
Estive presente nessa reunião, expressei meu ponto de vista questionando essas medidas de impacto nas comunidades que além de fechar várias escolas rurais o fator economia poderá ser inverso.
Quanto ao ítem, aproveitamento escolar, não temos dúvidas que o processo Ensino/Aprendizagem será fortalecido, dependendo da infra estrutura do sistema: manutenção dos estabelecimetos, capacitação e apoio de pessoal, adequação do transporte escolar, um conjunto de medidas a serem implementados para chegar a eficiência do vetor de ações em execução.
Acredito que com o apoio da classe dos professores, fator de suma importância para se obter sucesso e eficiência no processo Educacional, as medidas serão progressivas para a Educação.

A professora Leliane não demonstrou constrangimento em deixar a escola, apesar de morar a 200 metros do local de trabalho. Foi categórica em dizer que estava a disposição da Secretaria para prestar seus serviços para onde fosse designada.
O Sr. Secretário, sensibilizado com as colocações feitas por mães de alunos das primeiras séries, que demonstraram preocupação em colocar seus filhos pequenos nos caminhões escolares, ficou de estudar a possibilidade de um veículo fechado, adequado para o transporte dessas crianças de menor idade ou reavaliar a Escola separadamentre.

E assim, a Escola de Residência poderá fechar as portas ao ensino em nome da economia e da polêmica centralização do processo Ensino/Aprendizagem.
Se a economia é prioridade, de uma coisa é certa, investimentos, por particulares, já foram feitos em aquisição de veículos velhos e inadequados para transportar alunos de todas as Escolas do Município.
Não sendo pessimista, vamos aguardar o início do ano letivo e com ele vamos enfrentar as chuvas, a insegurança e a desmotivante condução escolar.
A população deve ficar atenta e fiscalizar essas mudanças, observando os critérios de classificação e qualificação de pessoas envolvidas no novo sistema. Servindo assim, de referencial para informar ou questionar se a mudança foi pra melhor ou pior.

Um comentário:

  1. As medidas anunciadas pela Sec. Mun. de Educação que visão fechar algumas escolas do Município tem duas metas principais. A primeira é financeira, visto que as escolas que possuem poucos alunos não recebem recursos financeiros do Governo federal para a sua manutenção. A segunda e mais importante visa a melhoria na qualidade do ensino oferecido a esses alunos, pois da forma atual é quase impossível oferecer um ensino de qualidade numa escola que possuí alunos da pré-escola ao 5º ano ocupando o mesmo espaço e tempo na escola.
    No entanto, quando se faz uma nucleação espera-se que ao menos a escola pólo tenha condições físicas de receber esses alunos, o que não irá acontecer com essa nucleação já que as escolas pólos no Dist. De São José e em Bom Jesus não dispõem dessas características básicas para receber esses alunos. A escola de Bom Jesus pelas informações que me foram passadas não dispõe de salas suficientes para comportar a demanda de aluno, e muito menos ainda de infra-estrutura de higiene, cozinha e diretoria. Já na escola de São José apesar de ter passado por uma reforma recente, a reforma foi feita sem nenhum planejamento, pois não possui por exemplo espaço para comportar os alunos da Educação Infantil e EJA, além de não possuir espaço para o trabalho pedagógico/administrativo.
    Resumindo, a nucleação é necessária e urgente, no entanto fazê-la neste momento é inaceitável pois as escolas pólos não possuem as condições básicas para receber esses alunos. Um exemplo de nucleação bem feita é a escola de Santa Teresa que oferece todas as condições para o bom desenvolvimento educativo

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