quarta-feira, 31 de março de 2010

A SILHUETA DA SERRA CAJARANA INSPIRA TRAÇOS POÉTICOS AOS SANTANENSES

  Galhardete à Santana
 Natal - 29/08/2009
Autor: Dutra Assunção
Santana do Matos / RN 

Santana! que sertão é esse!?
É esse o nosso novo sertão?
Onde poesia despreza a rima!?
Olhares quase não mais sorriem!
As bênçãos agora somente as divinas,
Deus o abençoe, os pais não mais ensinam,
Os filhos entregues ao mundo a sorte, à sina!

É esse sertão que Santana nos oferece, oh Sant’Ana!
Sem certezas, esperanças, desejos ou afirmações!?
Ao voltares seus costumes não nais aparecem
As origens não mais causam impressões,
Só lembrança, afagos nos enternecem

Sertão dos valores reconhecidos
Não cairás perante outras doutrinas
Ante a ânsia dos momentos destemidos,
Há desejos de realização entre os escombros,
Despontarás cactos verdes como floras emanam
Sertão que reerguemos como se fossem os ombros
Não mais exclamando - Que sertão é esse Santana?
 
Contraste
Autor: Dutra Assunção
Santana do Matos/RN
Natal, 31 de Março de 2009

 
Antônio Carlos
Brasileiro de Almeida Jobim.
Águas de março...
Foi começo, eterno, sem fim ...
Em dueto nos apresenta,
os anos setenta,
Elis Regina como clarim.

Sol, verão, estações, águas de março,
um dueto famoso nos acalenta.
O poeta ...  O boêmio e a intérprete,
A década, a paz não se comenta.

Regando cidades,
campos e sertões,
"Águas de março";
Fizeram sóbrios os salões.

Agora se canta em refrão,
as "águas de março",
em recordação.

E o poeta se foi,
e o canto entoou,
o refrão se firmou,
a melodia marcou.

Foi um passado pungente,
agora presente sem carinho ...
O amor mais ausente.

Agora é a vida insegura!
É arma atirando!
É o sangue pingando!.

É a vida saindo,
é o poeta partindo
é a morte chegando.

É o ritmo sem rima,
o trabalho sem o moço
é o suor sem esforço.

Agora pode ser:
Carlos Antonio Estrangeiro
De Souza ou Sousa e Silva,
sem ideais, meios ou fins
- Que se apresentam
em grupos, em coro,
a voz coletiva como estopim.
 




Identidade
Autora: Rita do Carmo
Santana do Matos/RN

Quando tocares em mim
Que seja devagarzinho
Que as vezes sou como a flor
E às vezes sou como espinho
Se me ferem, sou revolta
Se me amam, sou carinho.




Amor
Autor: Oscar Macedo
Santana do Matos/RN

Pediu-me alguém, que definisse o amor,
Para zombar talvez do que eu dissesse;
Porque, se o amor, eu definir pudesse,
Seria um mago, exímio encantador.

Porque, quem resistir quando eu quisesse,
Desvendar-lhe o mysterio, e com ardor,
Dizer seu lethal gosto, seu sabor
De mel de hymêto? Emfim quando eu dissesse.

Como alguém diz: “É mal sem cura”.
“Delírio da razão, quase loucura”?
Quem já não teve o goso de soffrel-o

Outro alguém diz assim – “É phantasia...”
Mas como defenil-o eu puderia
Se nem ao menos posso comprehendel-o?!

 


Desencontro 
Autora: Suely Magna
Santana doMatos / RN
 

Ao primeiro contato
Com os raios do sol
A lua verbalizou
Festejou, saltitou
Ardeu-se, vibrou
Aqueceu-se no seu fulgor
Encantou-se e bailou,
Banhou-se e mergulhou
No azul marinho, respirou
Soprou súbitas nuvens
Transbordando liberdade
Em gotas de felicidades
Navegou, divagou
Atirando-se à incerteza
Dos neurônios afetados
Esbanjou-se, desfilou
Filigranas de vaidade
Mas o tempo não vacilou
A hora estancou sua face
Escancarando o abismo
Fez o sol amedrontar-se
A lua desencantar-se
E os dois corpos
Seguramente opostos
Numa oposição complacente
Ao alinhamento desejado
Viram-se tragados 
Separados pelo vento.
 
 

 
Liberdade
Autora: Rita do Carmo
Santana do Matos/RN

Jamais quero te prender
Eu quero também ser livre
A porta está sempre aberta,
Pois pássaro preso não vive.
Se voltares é porque o tenho
Se não, porque nunca o tive.
                              


Eu amoela
                                                                 Autor: Erismar Virgem
                                                                Santana do Matos / RN
      
Peço que não olhe como falo
Mas ouça o que diz meu coração
Nele está o sentimento verdadeiro
Que concerta o meu erro de expressão.

Pois o dia em que disse “eu amoela”
Um leigo interpreta o sentimento
Um sábio veria um cacófato
O amor sentiria o pensamento.

Interprete o que eu penso
Não repares como falo
Se não entendes, me diga
Que para sempre me calo.





Casa de matuto tem
Autor: Assis Braga
Santana do Matos/RN

Um rádio em cima da mesa
Só pra ouvir, com certeza
Uma boa cantoria
A garrafa d’água fria
Guardada em baixo do pote
E no calendário, um garrote
Que vê quando conta os dias.

Um tamborete furado
Um borrego enjeitado
Uma porca com bacurin
A imagi de meu padin
O pade Ciço Romão
E um cafezin no fogão
Pra tomar com os vizin.
 




Empurrou a rola em Liu por 17 cruzeiros
Autor: Francisco Neves Macedo
Santana do Matos - RN

No ´´SUMANÁ´´, que mantinha
sexta e sábado no mercado,
o tira-gosto afamado
era piaba e rolinha.
Mas um cara da Varzinha,
que era doido por dinheiro,
´´foi chegando sorrateiro´´,
e como o José não viu,
empurrou a rola em Liu
por dezessete cruzeiros





O caminho é a leitura
Autor: Francisco Maribondo (Gôga)
Santana do Matos/RN

Toda leitura é caminho
que leva ao conhecimento,
se torna um hábil instrumento
para a ascensão social.
Essa leitura é o canal
Que nos conduz ao saber,
cultivo o hábito de ler

há leitura em toda parte 
expostas à nossa vista
cada leitor é um artista,
toda leitura é uma arte!





Trovas
Ademar Macedo
Santana do Matos – RN

Se por piedade ou por pena,
a união não se desfaz;
vivem os dois triste cena
onde nem pena tem mais!
 



Santana do Matos - A princesinha do sertão
Autor: Zé Saldanha
Santana do Matos / RN
Natal, Março de 2008

Hoje, um ano de publicação
Do nosso Jornal Cajarana,
A gazeta de Santana
Princesinha do sertão!
De pequena dimensão,
De volumosa cultura,
Estudo e literatura,
Conhecimento e certeza!
Foi a mão da natureza
Que lhe cobriu de aventura...

A cidade é conhecida
A terra da filosofia
Estudo e sabedoria,
Pela a Santa é protegida!
Sua história é lida
Pelos paises em gerais
Livros, revistas e jornais
A cidade de Santana
Sua história é veterana
Linda e bonita demais!

Uma cidade pequena
De vultos evoluídos
Registrados, conhecidos:
Ferreira, Lopes, Macena!
Uma gentileza amena
De perfil brilhante e ledo
Felipe, Fernandes e Macedo
Lolô, Carvalhos e Balbinos,
Raimundo e Adelino,
Avelinos e Azevedo...

Santana terra dinâmica
De uma alta nobreza,
De barão e baronesa
Os donos de Serra Branca,
É a chave que destranca
Essa história varonil,
Dessa cidade gentil
Terra feliz e amada
Da primeira deputada
Da história do Brasil!
  

JORNALISTA CLEDIVÂNIA PEREIRA AGRADECE AOS COLEGAS DA IMPRENSA

Retransmito e-mail recebido com agradecimentos aos colegas da imprensa:

“Caros,
Agradeço a atenção e o respeito que todos sempre tiveram comigo nos últimos sete anos de trabalho à frente da coordenadoria-geral de Comunicação do Governo do Estado. Hoje, fecho mais um ciclo profissional em minha vida. E cada um de vocês foi muito importante em todo esse período. Nem sempre pude atender a todos no momento em que me pediam. Mas podem estar certos que sempre o fiz em todos os momentos que pude.

Nos próximos 30 dias estarei em outra função – a mais importante de minha vida, podem ter certeza. Serei unicamente MÃE de meu Heitor. Um agradecimento especial a governadora Wilma de Faria que confiou no meu trabalho, e que despertou em mim não só admiração, mas um sentimento de carinho que levarei para sempre.

Agradeço, também, a Rubens Lemos (Rubinho), com quem criei laços da mais pura, simples e rara amizade. Um forte abraço a minha equipe que teve toda paciência, atenção e carinho comigo ao longo desses eternos sete anos. Que Deus ilumine todos nós sempre e em tudo! Estarei de volta em breve, para começarmos a escrever uma nova história (o que é a sina de nós jornalistas).
Um forte abraço,

Cledivânia Pereira”

IBERÊ FERREIRA DE SOUZA NOVO GOVERNADOR DO RIO GRANDE DO NORTE

A senadora Rosalba Ciarlini prestigia posse do novo governador Iberê Ferreira de Souza


A senadora Rosalba Ciarlini foi à Assembléia Legislativa prestigiar a posse do governador Iberê Ferreira de Souza. Mesmo sendo adversária em potencial nas eleições de outubro, a senadora ficou ao lado do governador, ladeando também, o presidente da Casa, Robinson Faria, companheiro de chapa majoritária da senadora governadorável.

O momento de formalidade, destacou a importância do cargo assumido pelo vice-governador, independente dos interesses políticos, prevaleceu o respeito e a solidariedade ao novo governador empossado.

IBERÊ FERREIRA DE SOUZA DISCURSA NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA


GOVERNO


Iberê Ferreira de Souza faz seu primeiro pronunciamento como governador do Estado


Iberê Ferreira de Souza fez na tarde desta quarta (31) seu primeiro pronunciamento como governador do Rio Grande do Norte, em solenidade de posse realizada na Assembléia Legislativa.


O primeiro pronunciamento do governador Iberê Ferreira de Souza na íntegra:


Minhas senhoras,

Meus senhores,


Assumo, a partir deste momento, o honroso dever e a grande missão de governar o Rio Grande do Norte. O que torna grandioso e instigante o desafio é o fato de dar prosseguimento à administração e ao vigoroso legado de trabalho da governadora Wilma de Faria, cujo nome é sinônimo perfeito de arrojo, coragem e compromisso com o bem comum.


A isso reúno disposição firme de enfrentar e superar obstáculos quaisquer que sejam, dificuldades venham de onde vierem: sejam os desafios próprios do cargo, sejam as adversidades inerentes à condição humana. Fé, coragem e resistência serão o alicerce da minha luta.


Digo à governadora Wilma de Faria que foi enobrecedor e dignificante ter trabalhado a seu lado: compartilhando sonhos, vislumbrando utopias, deslindando caminhos. Com disposição de trabalho, zelo e ética, nos foi possível a missão de erguer um tempo digno de ser vivido, processo e gesto a que darei sequência.

Juntos, governadora Wilma, nos dedicamos a tal obra. Palmilhamos os caminhos e as estradas da nossa terra. Então, encontramos necessidades e desejos, perplexidades e esperanças. Das forças vivas do povo colhemos a seiva forte e boa que nos retemperou o ânimo, fortaleceu o espírito e assegurou que a boa semente fosse plantada. E foi.

Tenho convicção de que, no canteiro de obras da história, firmamos as fundações, o alicerce, as bases materiais e humanas que hoje asseguram a todos, em cidades, vilas e povoados, que um forte sol brota no horizonte e já se pode pensar em novos tempos.

Devo dizer que este ato tem para mim significado especial. Pelo fato em si, que é honroso, mas também porque, vivendo a condição humana, chegaram até a mim limitações e adversidades. Nada temerei. Conviver com o inesperado é parte da vida. Dar sentido a esse enfrentamento é um gesto que transforma em fé o que poderia ser angústia, e eleva a incerteza à condição de serena ousadia ante o desafio.

Posso afirmar, com tenacidade e altivez, que serei incansável. Esta será a base sobre a qual, com a ajuda de Deus e o apoio solidário da minha família, combaterei o bom combate. Seu carinho redobra a minha confiança. E meus passos serão iluminados por seus gestos e abraços.


A minha mulher, Celina, companheira amiga e corajosa, dedico o meu mais emotivo agradecimento. Aos filhos Joca, Gentil e Isabela meu afetuoso abraço de pai.

Mas, se da família tenho o afeto, os tempos urgem, me chamam e não recuo. Agora, é trabalho meu, é missão que assumo, dar andamento a toda uma obra de governo e a ela trazer meu contributo. Para tanto darei todo o meu empenho. Sei que não será semeadura fácil, mas é exatamente isso, a convocação, o motivo que me obstina e fortalece.


Sou inabalável nesta decisão. Hesitações não me assediam. Circunstâncias não me induzem o sentimento de retroceder. Ao contrário, trazem-me exultação ao espírito e convocam arrojo às decisões políticas e de governo. Isso engrandecerá a trajetória que escolhi e para a qual me sinto, mais que nunca, disposto e decidido.


É que tenho em mim o apego à nossa terra, ao chão de nascença, que é marco afetivo a balizar a emoção que neste momento me envolve. Pois um homem não pode sentir-se representante de um povo se a este não se sente ligado, se não vive suas crenças, seus atos, sua vida, folguedos e esperanças. A paisagem que faz seu mundo, da infância à maturidade.


Ao lado deste apego, e tão forte como ele, coloco, à disposição do meu Estado uma vida pública de 40 anos e toda a lucidez administrativa de que for capaz.


Ao longo desse tempo fui deputado estadual duas vezes e deputado federal por seis mandatos. Em 1996 fui relator do Orçamento Geral da União, aprovado por unanimidade. Tive também oportunidade de contribuir como secretário da Agricultura, Casa Civil, Assuntos de Governo, Ação Social e Recursos Hídricos.


Afirmo, sem soberba ou orgulho, que não há mácula ou desvãos nessa biografia.


Agora, um novo passo. O desafio é mais instigante pelo fato de que meu período de governo transcorrerá ao longo do frutífero tempo em que a democracia se refaz, no salutar processo eleitoral.


É pela democracia que o indivíduo se faz cidadão, torna-se participante e decisório. A democracia, enquanto regime de virtudes cívicas, traz em si aspecto essencial: expõe o agente político, traz a público a sua face, desvela seus propósitos, mostra se é coerente ou apenas segue uma corrente que momentaneamente lhe é a mais proveitosa.


Eis aí mais um motivo para retemperar minhas forças, entusiasmar ainda mais o meu ânimo e trabalhar com firmeza. Afinal, é pelo embate de idéias, pela demonstração sincera das atitudes de um homem público, que se reconhecem nele aptidões e compromissos com uma causa. O Rio Grande do Norte é a minha causa.

Quis a providência divina que vivesse eu momento ímpar e singular: participar de um governo de realizações, assumir sua continuidade e colocá-lo, ao mesmo tempo, aos olhos do povo para o julgamento da história. E o povo verá que contra fatos, e obras, não há argumentos. Falhas serão todas as tentativas em dizer-se o contrário.


Trata-se assim, entendo, de rara oportunidade que tem um governante. A oportunidade de mostrar à sociedade, de forma clara e precisa, toda uma ação administrativa e sua larga abrangência, promovendo o social e o econômico.


Como municipalista que sempre fui, terei agora o momento preciso de pôr em prática esse ideário, fortalecendo ação e presença do governo em todos os pontos do Estado.


Comparecerei a todos os municípios, olharei nos olhos das pessoas. E o farei confiante, tranquilo e de coração desapertado: apontando trabalhos e realizações, mudanças e conquistas que em muito melhoraram a qualidade de vida de populações inteiras, trazendo-lhes cidadania e oportunidades.


Não farei promessas ou alarde de tempos fabulosos. Mas mostrarei como, pela atitude diligente do administrador que trabalha movido por pragmático humanismo, é possível chegar a quem precisa e promover alterações estruturais e socialmente urgentes.


Vamos ampliar a atuação da Segurança, prevenindo e reprimindo o tráfico de drogas. Está comprovado que 85% de todas as infrações ocorridas no Estado têm alguma ligação com o uso de drogas.


Ao lado das ações típicas da Segurança, haverá o incentivo à inclusão social do jovem, apoio à agricultura familiar e presença cotidiana na Educação. A agricultura será mantida como prioridade, o mesmo se dizendo da Saúde.


Nesta hora sou movido pela sensação de saber plenamente da elevada responsabilidade que assumo. Posso dizer que em mim habitam, neste instante, a decisão amadurecida de responder pelo governo do meu Estado e o austero júbilo de assumir este cargo.


Sob a proteção de Deus assumo o governo do Rio Grande do Norte. Que venham os tempos da disputa: eu os encararei como o faz o semeador, que confia e planta.


Que se aproximem as horas das decisões: eu as viverei como dias de colheita.


Que se apresentem até mesmo as provações, pois para elas também estou pronto, inabalável e seguro. O temor é estrangeiro entre os meus sentimentos.


Confio na democracia, como valor máximo da vida em sociedade. Confio na vida e tenho coragem de vivê-la.


Confio na coragem, que é dádiva de Deus, para ter bravura quando vem o desafio.


Confio em Deus, que me deu vida e me deu coragem. E entregou-me esta hora para que eu possa chegar ao povo e dizer: este é o Governo de Todos. O Rio Grande do Norte é seu.


Muito obrigado.


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