ENTREVISTA
Modesto Cornélio Batista Neto é natural de Açu/RN – cidade dos poetas – e reside atualmente em Angicos/RN. Acadêmico do curso de História da UERN, presidente do PDT em Angicos e Coordenador Provisório do Movimento Educacionista do Brasil no Rio Grande do Norte, Modesto Neto está sendo estimulado a disputar a Câmara Federal no pleito vindouro de outubro próximo.
Modesto Neto (PDT) nesta entrevista exclusiva concedida a Maximiliano Ferreira, fala de pré-candidaturas, Senado da República e a atual situação da educação no país. Modesto Batista (PDT) fala de suas conquistas dentro do Movimento Estudantil e da sua atuação na UERN. Modesto é atual vice-presidente da Juventude Socialista do PDT no Rio Grande do Norte e hoje vive a perspectiva de uma pré-candidatura a deputado federal.
Maximiliano Ferreira: De onde surgiu essa idéia de disputar a Câmara Federal?
Modesto Neto: Eu tenho uma impressão que as pessoas devem pensar que esta idéia nasceu da minha cabeça, mas a verdade é que ela nasceu dos pensamentos de alguns amigos, Juscelino França do PHS, Bispo Max do PSDC e outros. Essa idéia recebeu um forte estimulo de membros da Juventude Socialista do PDT aqui no Estado que é sem dúvidas decisiva para uma tomada de posição.
Maximiliano Ferreira: O que existe de concreto? Vai enfrentar mesmo a disputa com os titãs?
Modesto Neto: De concreto por enquanto apenas o sentimento de querer mudar o Rio Grande do Norte e o país. O enfrentamento e a disputa com os ‘titãs’ sempre vai existir, seja eu candidato ou não.
Maximiliano Ferreira: E sua posição em relação à disputa pelo Governo do Estado?
Modesto Neto: Minha posição é partidária, creio e confio profundamente no PDT e em sua forma de fazer política. Hoje nós temos o nome de Carlos Eduardo para disputar o governo e ele se caracteriza como o candidato mais preparado no atual cenário.
Maximiliano Ferreira: E quem são seus senadores?
Modesto Neto: O PDT tende a apoiar Sávio do PC do B e eu tenho uma afinidade, admiração e grande amizade por Dr. Joanilson de Paula Rêgo do PSDC, um homem que foi presidente da OAB/RN e amigo pessoal do saudoso senador Jefferson Peres. Uma forma de homenagear Jefferson Peres e Leonel Brizola é votar em Dr. Joanilson que representa toda uma ruptura com o sistema carcomido por corrupção no Congresso Nacional. Votar em Joanilson é uma tapa de elegância nas oligarquias, votar em Joanilson é uma prova de independência, votar em Joanilson é a mais pura atitude de ética e coerência de um amante da justiça social.
Maximiliano Ferreira: Qual seria sua prioridade na Câmara Federal caso eleito?
Modesto Neto: Educação, educação e educação. Como assegurar aos brasileiros igualdade de condições na disputa pelo acirrado mercado de trabalho enquanto uma minoria estuda em colégios suíços e a grande maioria excluída não tem acesso ao mínimo de estrutura em uma escola onde as paredes e o teto ameaçam desabar? Uma forma de acabar com apartheid social é sanar com educação as feridas do analfabetismo que faz do cidadão um animal em uma grande selva de pedras. Sei que saúde e segurança pública são setores importantes, mas a educação é capaz de estabelecer uma verdadeira justiça de condições entre ricos e pobres.
Maximiliano Ferreira: Como você compreende as candidaturas de Iberê Ferreira e Rosalba Ciarline?
Modesto Neto: Iberê virá com a força da maquina, será o governador buscando a reeleição e Rosalba é muito forte em Mossoró e nem mesmo os últimos escândalos a envolvendo foram capazes de fazer um estrago em sua densidade eleitoral. Respeito ambos.
Maximiliano Ferreira: E o Sávio do PC do B? Você o apoiará?
Modesto Neto: Respeito muito o PC do B, até porque o partido já abrigou Luis Carlos Prestes. O PDT apoiará o Sávio, mas precisa haver uma integração maior para isso. Até o momento meu único nome é o de Joanilson.
Maximiliano Ferreira: Em relação ao plano municipal o PDT deve alinhar-se a quais legendas?
Modesto Neto: Somos um partido alternativo e independente, temos uma afinidade com o PSDC e estimamos bastante o PT. Acho que deveríamos ser uma frente ampla com PSDC, PT, PC do B, PMN e PDT. O PTB dos vereadores Marcos Loló e Agecy Pessoa é um partido trabalhista como o nosso, doutrinariamente estamos próximos, mas poderíamos estar mais próximos politicamente.
Maximiliano Ferreira: O PDT é oposição a Clemenceau Alves?
Modesto Neto: Somos independes do governo, não temos nem uma ligação com o prefeito.
Maximiliano Ferreira: Qual seria seu discurso caso candidato?
Modesto Neto: Seria o discurso de um jovem brasileiro, idealista e sonhador que anda de ônibus e estudou durante toda a vida em escolas públicas, potiguar que nasceu neste solo árido e enfrenta assim como todos os outros os mesmo desafios e problemas do povo. Será um discurso de dor por saber da atual situação de miséria de uma grande parcela do povo e um discurso de esperança por saber que nós realmente temos a oportunidade de mudar o Brasil.
Maximiliano Ferreira: E o movimento estudantil?
Modesto Neto: O movimento estudantil foi o bojo de onde nasci. No processo Estatuinte da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte onde participo como delegado, conquistamos varias vitórias, entre elas o fim de reeleição para reitor. Essa foi uma conquista que pude fazer parte a frente de algumas bancadas de estudantes. Além disso hoje temos o voto paritário que dá iguais pesos aos segmentos: docente, discente e técnico-administrativo que possuem por igual 33% de peso nas eleições.
Maximiliano Ferreira: O que você diz do Governo Lula?
Modesto Neto: Digo que foi um governo importante para a distribuição de renda, entretanto não podemos dizer que foi uma gestão apenas de lisura, já que a corrupção tomou conta de alguns setores do governo.
Maximiliano Ferreira: E o Governo de Wilma?
Modesto Neto: Só acho que Wilma de Faria que tem formação acadêmica na área da educação deveria ter um trato melhor para com os movimentos sociais.
Maximiliano Ferreira: É possível resgatar o brizolismo dentro do PDT?
Modesto Neto: Sim, sem dúvidas. Brizola vive!
Maximiliano Ferreira: O que você diria a todo o Brasil caso tivesse oportunidade?
Modesto Neto: Ou ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil! Eu não diria nada, eu cantaria o nosso hino da independência e o nosso hino do Brasil.
Maximiliano Ferreira: Em sua opinião uma disputa plebiscitária seria boa para o Brasil?
Modesto Neto: Não é bom para ninguém. Nem para o Brasil e muito menos para a nossa já defasada democracia.
Maximiliano Ferreira: Hoje com quem você não faria política?
Modesto Neto: Existe um ditado popular que diz: ‘não diga que dessa água não beberas”. Mas eu tenho certeza de uma coisa: não faria política com nazistas. (risadas).
Maximiliano Ferreira: Suas considerações finais.
Modesto Neto: Eu só tenho a agradecer a oportunidade. Afinal de contas não temos espaços na grande imprensa para debater idéias, mas graças a Deus hoje existe veículos independentes e jornais descompromissados meramente com o capital.
Fonte: Correiopop.wordpress.com
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