quarta-feira, 29 de maio de 2013

PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E DO BNB ACERTAM VISITA AO RIO GRANDE DO NORTE


Brasília (DF) – O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, recebeu a visita do presidente do Banco do Nordeste do Brasil, Ary Joel Lazarin, que lhe fez uma exposição das ações do banco diante do agravamento da seca no Nordeste. Lazarin comprometeu-se em ir ao Rio Grande do Norte no dia 21 de junho a fim de ter um encontro com produtores rurais e clientes do BNB que se queixam das execuções judiciais aplicadas em plena seca. “Vivemos um drama social gravíssimo. Nossa economia rural está desequilibrada e precisamos do apoio do banco para amenizar essa clima de tensão e desespero”,  ponderou o deputado. 

A aprovação da Medida Provisória que permite novos empréstimos para quem renegociou as dívidas rurais do período da seca, criou a linha de crédito especial "FNE/Estiagem", com o objetivo de manter a atividade agrícola e produtiva no meio rural. Segundo o presidente do Banco do Nordeste, no Rio Grande do Norte já foram aplicados R$ 202 milhões. O presidente da Câmara questionou o presidente do banco sobre um detalhe: “Dos 27 mil empréstimos, somente dois mil foram contraídos pelos pequenos e médios produtores. Os demais foram do Pronaf”, argumentou Henrique Eduardo Aves. O presidente do BNB justificou que para os beneficiados  pelo Pronaf não há risco para o banco. “Dos demais produtores são exigidas garantias que não são asseguradas pelo Tesouro Nacional”, explicou Ary Joel Lazarin.

As  dívidas de 2012 e as parcelas que ainda vão se vencer em 2013 e 2014, para quem já renegociou com o BNB, serão pagas em 10 anos, com até três de carência e juros de 1% ao ano. Os pronafianos só começam a pagar as parcelas em 2016 e os demais produtores em 2015. Já as dívidas anteriores a 2006, até R$ 35 mil, terão 85% de desconto, ou seja, quem deve R$ 10 mil ao banco, por exemplo, pagará R$ 1,5 mil. Mais uma vez Henrique Alves argumentou que os produtores fora do Pronaf normalmente devem além do teto de R$ 35 mil. “A classe média rural do meu Estado e os pequenos produtores estão quebrados”, alertou o deputado. 

Joel Lazarin disse ainda que não haverá perdão total de dívidas antigas e que todas as condições especiais de pagamento e renegociação serão detalhadas durante o encontro em Natal no próximo mês. O presidente do BNB adiantou que, até o dia 24 deste mês, 18.446 contratos já haviam sido renegociados no Rio Grande do Norte, totalizando R$ 169 milhões. Os produtores devem procurar os sindicatos rurais, onde não houver agência do BNB, para aderirem à renegociação das dívidas e terem acesso às novas condições de crédito rural para a região da seca. "Ninguém ficará impedido de pegar novos créditos", concluiu.

Hospital Varela Santiago vai receber R$ 1,8 milhão a mais por ano

Brasília (DF) - Atendendo a uma solicitação do deputado federal Henrique Eduardo Alves, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou portaria, publicada no Diário Oficial da União da última terça-feira (28), ampliando o limite financeiro para a Média e Alta Complexidade do Hospital Infantil Varela Santiago, em Natal. O hospital vai receber R$ 1,8 milhão a mais por ano para ampliar a prestação de serviços de neurocirurgia pediátrica. 

Os recursos são do orçamento do Ministério da Saúde e serão repassados ao hospital em parcelas mensais através do Fundo Municipal de Saúde de Natal. A ampliação dos serviços prestados pelo Hospital Varela santiago já havia sido aprovada em reunião da Comissão Bipartite de Intergestores da Saúde do Rio Grande do Norte. "Estive no Varela Santiago e pude comprovar durante a visita a necessidade desses recursos para que o hospital possar melhorar e ampliar os serviços especiais prestados às nossas crianças", lembrou o deputado. 
F: AssCom

SETHAS APOIA REALIZAÇÃO DE PRÉ-CONFERÊRENCIA REGIONAIS DE ASSISTENCIA SOCIAL


O Conselho Estadual de Assistência Social (CEAS), com o suporte da Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), está realizando pré-conferências regionais de assistência social no interior do estado do Rio Grande do Norte, antecedendo as conferências municipais, que devem ser realizadas até agosto próximo. As conferências municipais são preparatórias para a 9ª Conferência Estadual de Assistência Social, que será realizada no mês de outubro, em Natal.
As pré-conferências têm por objetivo orientar as gestões municipais quanto à realização dos eventos seguindo o tema “A gestão e o financiamento para a efetivação do Sistema Único da Assistência Social (SUAS)”, proposto pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), e abordando seis eixos principais de discussões: co-financiamento, gestão do SUAS, gestão do trabalho, gestão dos serviços, programas e projetos, gestão dos benefícios do SUAS e regionalização dos serviços socioassistenciais.  
Reuniões semelhantes já foram realizadas em Natal (no último dia 23), reunindo 80 municípios; em Pau dos Ferros (na última terça-feira, 28), com a participação de 37 municípios, e em Mossoró, nesta quarta-feira (29), reunindo 25 municípios da região Oeste do estado.  
A última pré-conferência será no dia 7 de junho, no município de Caicó, com a participação dos municípios do Seridó, encerrando o ciclo de pré-conferências por região.  Estes encontros reúnem, basicamente, secretários e conselheiros com atuação na área da Assistência Social.
Segundo a presidente do Conselho Estadual da Assistência Social (CEAS), Márcia Sá, “o apoio da Sethas tem sido fundamental para a realização desses eventos. A Sethas tem nos assegurado todo o suporte, desde a logística até a mobilização do nosso público alvo”, frisou.
O secretário Luiz Eduardo Carneiro, titular da Sethas, ressalta que “as conferências são fundamentais ao debate para o fortalecimento dos serviços socioassistenciais e, sobretudo, ao controle social. É a partir das discussões que aqui se iniciam que vamos poder ter vínculos sociais mais fortalecidos entre os três entes federados – União, Estados e Municípios – e uma maior participação social, através dos conselhos”, avalia.
Segundo ele, todas as discussões aqui iniciadas, bem como, suas conclusões e sugestões, serão levadas ao debate nacional na (também) 9ª Conferência Nacional de Assistência Social, a ser realizada no mês de dezembro, em Brasília.
F: AssCom

terça-feira, 28 de maio de 2013

PRESIDENTE DILMA CONFIRMA VISITA AO RIO GRANDE DO NORTE

Brasília (DF) –  O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, recebeu da presidente Dilma Rousseff a confirmação da visita ao Rio Grande do Norte na próxima segunda-feira (03). A programação oficial ainda não foi divulgada pelo Palácio do Planalto.  Dilma Rousseff deverá desembarca na pista do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em construção, pela manhã,  acompanhada do presidente da Câmara e do ministro Garibaldi Alves Filho, da Previdência Social.

Além de inspecionar as obras dos terminais de passageiros e de cargas, a presidente ainda deverá assinar a Ordem de Serviço para a construção da barragem de Oiticica, em Jucurutu, e anunciar a licitação do projeto para duplicação da BR-304 entre Natal e Mossoró na divisa com o Ceará. A duplicação da rodovia foi uma reivindicação do deputado Henrique Eduardo Alves para que a obra fosse incluída no programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Há duas possibilidades para o local do evento: a Escola de Governo, no Centro Administrativo, e o Centro de Convenções e Natal.
 DNOCS INAUGURA NOVA SEDE EM NATAL
Brasília (DF) – O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, recebeu nesta terça-feira (28), em Brasília, o Diretor Geraldo do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, Emerson Fernandes e o  Coordenador Geral do Dnocs no Rio Grande do Norte, José Eduardo Alves.  Os diretores convidaram o deputado para a inauguração da nova sede do órgão, em Natal, no dia 21 de junho.

O prédio histórico da antiga estação da Rede Ferroviária, no bairro da Ribeira, foi restaurado pelo Dnocs e passará a funcionar como sede da Coordenação Geral do órgão no Rio Grande do Norte. “Ficaremos muito bem situados e em melhores instalações do que nos encontramos atualmente”, disse José Eduardo Alves. “O prédio ficou lindo e mantém as características originais, preservando a sua história”, lembrou Emerson Fernandes.

Durante o encontro Henrique Eduardo Alves aproveitou a visita para obter informações atualizadas sobre os projetos do Dnocs em andamento no Rio Grande do Norte, entre eles, o perímetro irrigado da Chapada do Apodi e a perfuração de poços tubulares. 
F: AssImp

VAI LEVANDO - CRÔNICA


                                    VAI LEVANDO
CRÔNICA
Recém-contratada como empregada doméstica no apartamento da família Souza, Marinalva era daquele tipo de pessoa que adorava bisbilhotar a vida alheia. Como de costume, tirava boa parte do dia para perambular pelas áreas sociais do prédio em que trabalhava. Seu objetivo era claro: saber de tudo o que  acontecia.

Logo na primeira semana, fez amizade com a maioria das outras empregadas que lá trabalhavam. Em cada conversa boba, sobre qualquer assunto trivial, dava um jeito de saber como as coisas funcionavam nas casas dos vizinhos.
Em dado momento chegou a gerar um certo mal estar no seu grupo. De tanto perguntar, algumas meninas entenderam que deveriam se afastar dela.
No final do primeiro mês, a maioria virava a cara quando lhe via ou então inventava alguma desculpa para se afastar. A única que ainda conversava com Marinalva era uma conterrânea sua, beirando os cinquenta anos, chamada Ozenira.
Contrariando a maioria dos prognósticos populares, Ozenira era uma pessoa de uma serenidade sem fim, não tinha nada de “arretada”. Pelo jeito tranquilo com que lidava com as situações, podemos dizer que ela estava mais para mineira do que para pernambucana.
Certo dia, estava ela sentada em frente ao playground onde brincavam as crianças do prédio, vendo o tempo passar, quando Marinalva chega como se tivesse visto um fantasma:
— Oze, você não vai acreditar no que eu tenho para te dizer!
— Se não vou acreditar, por que quer me contar? Deixe pra lá!
— Mas eu preciso! Não quero ficar com esse buchicho sozinha! Preciso desabafar e vai ser com tú mesmo.
— Pois bem… — suspirou Ozenira — Se vai te fazer bem, conte!
— Acho que minha patroa está tendo um caso! Estou besta com isso. Seu André é um homem tão íntegro, gentil, educado. Como é que a dona Débora pode fazer uma coisa dessas com ele?
— Marinalva, em primeiro lugar, isso lá é da sua conta?
Marinalva parou por um instante, pensou e respondeu demonstrando bastante indignação com a pergunta.
— Lógico que é! Eu sou praticamente da família!
— Família onde, menina? Tu acabaste de chegar, não faz nem dois meses… Até o momento, você é pior do que namorado de filha que ainda é virgem. — disse Oze, aos risos.
— Não é o tempo que determina a intimidade, fique sabendo! Eu e a dona Débora somos assim — disse enquanto mostrava os dedos indicadores, das duas mãos, juntos.
— Já que são unidas desse jeito, posso crer que foi ela que te contou do caso que está tendo. Foi?
— Claro que não, Oze! Coisas assim, não se comungam com ninguém, nem com padre, muito menos com ente querido. Ora essa!
Mais uma vez Ozenira foi aos risos. Ouvir Marinalva se intitular como “ente querido” foi muito engraçado, principalmente pelo tom em que isso foi dito. A colega não estava brincando, ela realmente acreditava nesse mundo paralelo que havia criado.
— Você fica aí rindo porque não é na sua casa que isso está acontecendo. Queria só ver se fosse contigo, o que tu farias!
— Marinalva, mais uma vez te digo, eu cuido da minha vida e somente dela. É por isso que trabalho aqui há mais de dez anos, sem nunca ter arrumado encrenca com ninguém. Você, ao contrário disso, já arrumou inimizade com todo mundo.
— Se está falando das outras meninas, só pararam de falar comigo porque são invejosas. Um bando de mal amadas, isso sim!
Vendo que aquela conversa não chegaria a lugar algum, Ozenira aconselhou Marinalva a não se meter na vida dos patrões e que ela não deveria ficar investigando os outros.
— Queria que eu fizesse o quê? Não escutasse nada? Eu estava lá, limpando o quarto, quando ouvi a dona Débora falando de se encontrar com outro homem.  Aí não tive como não prestar atenção.
— Ainda não entendi o que você tem a ver com isso… — respondeu Ozenira.
— É um absurdo! Onde é que já se viu, uma mulher casada, dando trela para vagabundo? Chegamos a que ponto? O mundo está de cabeça para baixo! Valha-me Deus!
— Marinalva…
Ozenira, com a sabedoria que os anos e experiências lhe trouxeram, ia falar que isso não era da conta dela, que dentro da vida de um casal ninguém sabe o que acontece, nem mesmo quem compartilha a mesma cama, e que a colega não deveria fazer julgamentos, mas foi interrompida.
— E tem mais, fui falar com o pastor da igreja aonde vou toda semana. Sabe o que ele me disse? Que esse tipo de coisa é obra do cão. Como se não bastasse o mundo cheio de perversidade, com homem atrás de homem e mulher atrás de mulher, ainda tinha que lidar com as mulheres que traem seus maridos e levam doenças para casa. É muito incoerência! É o fim dos tempos, Oze!
— Marinalva, acho que é a hora de te falar algumas coisas.  Pelo que me contou, até o ano passado você batia tambor em um terreiro, agora virou evangélica, mesmo assim carrega uma imagem de Nossa Senhora da Aparecida na carteira.
— Mas…
Marinalva tentou interromper, porém Oze continuou a falar, erguendo a mão direita aberta em sinal para a colega se manter calada.
— Não terminei! Há semanas te escuto, agora me escute você! Já que não respeitou pai e mãe quando veio para São Paulo contra a vontade deles, pelo menos me respeite por ser mais velha.
Diante da exposição feita por Ozenira, Marinalva se calou esperando pelo que ainda estaria por vir.
— Se quando você pegou os cosméticos da sua patroa sem a permissão dela, você não se importou com as leis de Deus e quando perdeu sua virgindade antes do casamento, também não se lembrou da fé que agora diz ter, por que acha que deveria ter o direito de julgar alguém?
— Eu não estou julgando, estou só comentando! — defendeu-se Marinalva.
— Não mesmo! Está julgando a vida dos outros e espalhando aquilo que não lhe compete e que deveria ficar em sigilo. Sei que você não quer, mas mesmo assim te darei um conselho: antes de sair mundão afora se intrometendo onde não é chamada e botando defeito naquilo que não lhe é de direito, cuide da tua vida, da tua família e dos teus amigos, cuide do teu quintal!
Depois desse dia as duas nunca mais se falaram. A coerência, melhor dizendo, a falta dela, separou as colegas. Ao contrário de Marinalva, Ozenira sempre soube que problemas todo mundo tem, e que a felicidade só é plena quando é particular.
F: Marcelo Vitorino 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

TRT-RN CONDENA PREFEITURA QUE USAVA ESTAGIÁRIO EM LUGAR DE PROFESSOR

Juiz Luciano Athayde Chaves
Uma fiscalização realizada pelos auditores do Ministério do Trabalho apontou para o desvirtuamento de 400 contratos de estágio, firmados pela Prefeitura de Parnamirim, por prazo superior a dois anos. Além disso, os estagiários atuavam em áreas incompatíveis com os respectivos cursos.

De posse dos autos de infração dos auditores do trabalho e, diante da recusa do município de firmar Termo de Ajustamento de Conduta para solucionar o problema, o Ministério Público do Trabalho ingressou com uma ação no Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN) cobrando uma indenização por dano moral coletivo.
O processo foi distribuído para a 2ª Vara do Trabalho de Natal e, em sua decisão, o juiz Luciano Athayde Chaves condenou a Prefeitura de Parnamirim a pagar uma multa de R$ 350.825,00.

Em sua análise dos autos, o juiz constatou que “o Município-réu promoveu, por meio de contratos de estágio, a precarização do serviço público municipal, especialmente em área sensível, como a educação, considerada pela Constituição Federal como um direito de todos os cidadãos, e um dever do Estado (art. 205)”.

Para ele, “tal prática irregular feriu o comando constitucional previsto no art. 37, ao ignorar os princípios-norma de maior relevo para a administração pública: além de relevar o aspecto da eficiência prestando serviço de presumida baixa qualidade (estagiário não tem condição de exercer a nobre atividade de docência) -, feriu também a regra do concurso público, permitindo verdadeiros prestadores de serviço sem a prévia submissão a certame”.
F: TRT/RN AssCom

sábado, 25 de maio de 2013

TRT-RN COMEMORA 70 ANOS DA CLT COM DEBATE SOBRE O FUTURO DAS LEIS DO TRABALHO


Um debate do mais alto nível sobre o futuro da Consolidação das Leis do Trabalho, promovido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região (TRT-RN), reunindo representantes da Justiça e do Ministério Público do Trabalho, dos advogados trabalhistas e dos magistrados, marcou as comemorações dos 70 da CLT em Mossoró.
A reunião foi realizada no auditório da Subseção da OAB e contou com o apoio da Procuradoria Regional do Trabalho, da Ordem dos Advogados, da Associação dos Magistrados do Trabalho da 21ª Região e da Associação dos Advogados Trabalhistas do Rio Grande do Norte.

Em sua saudação aos presentes, o presidente do TRT-RN, desembargador José Rêgo Júnior, recomendou “aos que insistem na mesma tecla, numa tentativa inócua de desmerecer a nossa Consolidação das Leis do Trabalho, a leitura atenta e sem preconceitos ou prejulgamentos de seus textos”.

Para ele, “ninguém tem o direito de diminuir, ignorar ou desrespeitar o relevante papel desempenhado pela CLT na vida econômica, social e política brasileira”.

Já a diretora da Escola Judicial do TRT-RN e titular da Vara do Trabalho de Assu, juíza Simone Jalil, passou em revista a história dos 70 anos da CLT e qualificou-a como “uma heroína porque tem resistido heroicamente às investidas daqueles que querem reduzir os direitos dos trabalhadores”.

No entendimento da juíza, “é preciso atualizar a CLT, mas não suprimir conquistas, assim como é essencial tornar mais severas as penas a quem a descumpre, por exemplo, em relação ao trabalho escravo e ao trabalho infantil”.

O procurador geral do Trabalho, Luis Antonio Camargo de Melo chamou a atenção de todos para a ocorrência de mais de 2.700 mortes por acidentes de trabalho no Brasil, no ano de 2012, “sem contar o custo para a Previdência Social, entre 70 e 100 bilhões anuais, com pessoas mutiladas, doentes e viúvas, vítimas do trabalho”.

Na visão do procurador, “ainda falam que a CLT é obsoleta. Como alguém que promove a igualdade jurídica a quem nunca estará em pé de igualdade econômica e social pode ser obsoleta?”, provocou.

O vice-presidente da OAB Mossoró, advogado Jonas Segundo observou que “a CLT não é protecionista, ela apenas tenta ser mais justa possível. A CLT não pode ser aposentada compulsoriamente. Ela deve ganhar uma nova roupagem com a mesma ideologia, que é a proteção do trabalhador”.

Ele defendeu alguns pontos que, na opinião dele, precisam ser aperfeiçoados, “como a responsabilização dos tomadores de serviços de mão de obra terceirizada, o fim da prescrição qüinqüenal, a transferência da responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios para quem perde e não para o trabalhador”.

Para a juíza Maria Rita Manzarra, presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho do Rio Grande do Norte, “a CLT está viva e atual e ela não é apenas uma codificação. É um elemento redutor das desigualdades, completa, plena e suficiente, por si só”.

Já o advogado Glaydson Soares, que representou a Associação dos Advogados Trabalhistas do Rio Grande do Norte no debate, elogiou a iniciativa do TRT-RN de “capitanear essa comemoração dos 70 anos desse conjunto de leis tão importante para a vida do trabalhador brasileiro”.
F: TRT-RN 21ª Região

AssCom

DEPUTADA FÁTIMA BEZERRA – CONQUISTA DO CURSO DE MEDICINA PARA A UFERSA


O MEC acaba de confirmar, através de oficio encaminhado ao reitor Arimatea Matos, que a UFERSA foi contemplada com 60 vagas para o Curso de Medicina. Em 2016 serão ofertadas 30 vagas e no ano seguinte mais 30. 

A deputada federal Fátima Bezerra (PT) parabeniza a comunidade da UFERSA, a cidade de Mossoró e toda região por essa importante conquista, que teve início na gestão do ex-reitor da Instituição, professor Josivan Barbosa, agora concretizada sob a coordenação do professor Arimatea Matos.

“Estou muito feliz por ter participado dessa luta, por ter dado a minha contribuição para que a exemplo da UFRN, a UFERSA também realizasse seu sonho, o de ampliar o acesso ao ensino superior com a oferta de vagas no curso de Medicina. Quero saudar o professor Arimatea Matos pelo empenho, e o MEC pela sensibilidade, através do Ministro Aloizio Mercadante e do Secretário Executivo, Henrique Paim, em atender essa importante reivindicação. O curso de medicina na UFERSA é mais uma demonstração do compromisso do governo da presidenta Dilma, do PT e aliados, na ampliação das oportunidades educacionais no campo do ensino superior para a nossa juventude”, ressaltou Fátima.

NÃO TE CALES, JOAQUINZÃO



Luiz Inácio Lula da Silva é como seu time de coração: ou é demasiadamente amado ou odiado. Exagero é um erro proporcional de qualquer lado. Como todo mundo, seus acertos deveriam ser reconhecidos, enaltecidos e apoiados, e seus erros reprovados e apenados, quando necessários. Mas um dos seus acertos foi a alardeada escolha de um negro para a Suprema Corte de Justiça desse país, o que nunca tinha ocorrido antes na sua história. Pena que foi um caso isolado e que tenha sido colocada como um gesto de benevolência.

Joaquim Barbosa sempre fez jus a sua indicação. Primeiro, não reforça gratidão por ter sido um negro escolhido ministro; ao contrário, se posiciona como um conhecedor profundo da judicatura e das suas atribuições. Mas não é pelo conhecimento jurídico e pela sua cultura incontestáveis que ele se destaca. É acima de tudo pela coragem como vem apontando e tentando combater as mazelas do Poder Judiciário e dos demais Poderes.
Numa palestra recente no Instituto de Educação Superior de Brasília, ele disse que os partidos políticos são de mentirinha, que as pessoas não se identificam com eles e que o Congresso Nacional é ineficiente e totalmente dominado pelo Executivo. Não é de hoje que nada disso é novidade para ninguém. A recente aprovação da Medida Provisória dos Portos mostra que o Congresso se tornou um órgão chancelador do que interessa ao Planalto, com a contraproposta de emendas aprovadas, cuja aplicação deveriam ser melhor acompanhadas pelos órgãos de fiscalização.
Quanto à falta de identidade das pessoas é de uma obviedade ululante. Ninguém sabe para que serve um partido, a não ser indicar seus "proprietários" a cargos eletivos. Muitos integrantes nem sequer sabem que estão filiados. Nenhuma agremiação tem qualquer atividade fática, nem difunde suas ideologias, uma vez que estas definitivamente não existem. A indicação do vice-governador da oposição como ministro da situação aponta o tamanho do comprometimento ideológico predominante, tanto da oposição quanto do governo. 

Houve reações veementes no sentido de que essas manifestações não contribuem para a democracia; outras apontando que o ilustre ministro não está à altura do cargo. Ora, essa gente está acostumada a confrarias interesseiras e a um convívio hierárquico, onde a presidenta da República está acima dos presidentes dos demais poderes. O ministro prefere exercer sua presidência de forma independente.

Muitos apostam num ministro encolhido, pois afinal é negro e veio de uma família pobre. Joaquim Barbosa sabe que não conseguiu nada de favor de ninguém, nem mesmo da sociedade. Se ele deve a alguém é somente aos seus pais, que além de uma educação formal adequada, lhe ensinaram valores acima disso, principalmente o de não se curvar a ninguém, nem mesmo perante uma casta de privilegiados que não está acostumada com quem tem autonomia para falar sem receios. 

Só não pegou bem para a assessoria do Supremo Tribunal Federal tentar amenizar as críticas do ministro ao afirmar que não tinha a intenção de ofender o Congresso. Ninguém tem o poder de evitar que alguém vista a carapuça. A democracia tem defeito e a nossa tem um por princípio: o voto, seu principal instrumento, ainda é obrigatório.
Ministro Joaquim Barbosa: seu passado, sua luta, sua integridade pessoal, seu conhecimento jurídico, sua capacidade de gestor, em resumo, sua biografia não permite se curvar a ninguém neste país. A sociedade está com Vossa Excelência. Não te cales, Joaquinzão!

F: Pedro Cardoso da Costa
Interlagos/SP

Bacharel em direito

FESTIVAL DE QUADRILHAS JUNINAS EM MACAU

Através da Fundação Municipal de Cultura na pessoa do diretor de teatro Valdemir Nunes de Souza, será realizado em Macau/RN o 10º Festival de Quadrilhas Juninas.

FÁTIMA COMEMORA ANIVERSÁRIO AO LADO DA FAMÍLIA, AMIGOS E CLASSE POLÍTICA DO RN



Em noite memorável, na companhia de amigos de hoje e de longas datas, ao som de uma boa música e de um cenário inspirador, ambientado no que traduz o melhor samba de raiz, a deputada federal Fátima Bezerra festejou seu aniversário. A festa realizada no Clube da Petrobras contou com a presença de familiares e amigos da deputada, além de apoiadores e representantes da política local.
“Reunir os amigos e amigas nesse momento tão especial é algo que não tenho como descrever. Ver vocês se confraternizando de forma tão feliz é gratificante. Momento de olhar no olho de cada um para agradecer o carinho e a confiança que sempre depositaram no meu nome. É por demonstrações como esta que me enche de mais entusiasmo e determinação para continuar na luta em defesa da educação e do desenvolvimento do Rio Grande do Norte. Essa festa é de todos”, agradeceu a deputada Fátima.  
Prestigiaram a festa o ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho; o vice-governador potiguar, Robinson Faria; a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria,  e o deputado estadual Fernando Mineiro, além de prefeitos e vereadores do PT e de partidos aliados.

Aniversário que movimentou as redes sociais nesta sexta-feira teve show de Debinha e Banda, Dodora Cardoso e pop rock da banda Uskaravelho.

F: AssImp

sexta-feira, 24 de maio de 2013

GOVERNADORA ROSALBA ASSINA TERMO DE COOPERAÇÃO PARA INSTALAÇÃO DE POÇOS NO SERIDÓ

A Governadora Rosalba Ciarlini (DEM) assina termo de cooperação para instalação de poços em municípios do Seridó.
Dos 14 prefeitos filiados à Associação dos Municípios da Micro Região do Seridó Oriental (AMSO), 11 estiveram presente na sede da entidade na manhã desta sexta-feira (24) em Currais Novos.

Os prefeitos participaram da solenidade de assinatura da
governadora e do secretário de Recursos Hídricos, Leonardo Rego do termo de cooperação para instalação de poços tubulares  na região, Assinaram como testemunhas a prefeita de Santana do Matos, Lardjane Ciriaco e o prefeito de Cerro Corá Raimundo Marcelino Borges, (Novinho).
Ext: Djaildo

SERÁ DEUS O NOSSO MAIOR MISTÉRIO?

        O tempo em que navegamos pelas águas e caminhamos pelas terras deste lindo planeta azul já soma alguns bilhões de anos, o que certamente dá a certeza que já estamos por aqui há muito.
        Ao longo desta trajetória muitos mistérios foram sendo decifrados por nossa crescente inteligência, com os cientistas, estudiosos, professores, mestres, profetas e tantos outros, dando explicações para fenômenos climáticos, comportamentos diversos, jogando luz para coisas antes misteriosas e, hoje, perfeitamente compreensíveis.
        Apesar dos avanços praticamente diários, alguns pontos ainda persistem, sendo um deles, o que geralmente chamamos de Deus.
        Universalmente caracterizado como onipotente - com poder absoluto sobre todas as coisas, onipresente e onisciente, essa tão citada figura tem seus atributos e poderes descritos em textos como o Bhagavad-gita, dos hinduístas; o Tipitaka, dos budistas; Tanakh, dos judeus; Avesta, dos zoroastrianos; a Bíblia, dos cristãos; Livro de Mórmon, dos santos dos últimos dias; Alcorão, dos islâmicos; Guru Granth Sahib dos sikhs e no Kitáb-i-Aqdas, dos bahá'ís.
        O conteúdo acerca de Deus contido nestes livros é transmitido através de mensageiros como: Abraão e Moisés, na fé judaica, cristã e islâmica; Zoroastro, na fé zoroastriana; Krishna, na fé hindu; Buda, na fé budista; Jesus Cristo, na fé cristã e islâmica; Maomé, na fé islâmica; Guru Nanak, no sikhismo e Báb e Bahá'u'lláh, na fé Bahá'í.
        Apesar de certa disponibilidade de informações, o tão afamado Deus na verdade, nunca apareceu de maneira concreta por aqui, sendo apenas uma questão de fé sua verdadeira existência.
        Por causa deste tempo que passa e não consegue sensibilizá-lo ao ponto de comparecer a este amável planeta, cresce a cada dia o número de pessoas que não se importam com o assunto, tocando suas vidas sem que Deus tenha maior ou menor importância.
        E são pessoas boas e ruins, claro, como assim também são os que dizem acreditar nisso ou naquilo. Apesar de alguns ditos religiosos acreditarem na existência de um Deus único, muitos particularizam sua crença, como por exemplo, os devotos de Krishna, que afirmam ser ele, a Suprema Personalidade de Deus.
        Muitas civilizações antigas construíram a crença em algo superior, em decorrência do medo que tinham de trovões, terremotos, maremotos, frio e calor excessivos, nos legando um DNA de tementes, que sobrevive até hoje, amparado também em autoridades religiosas que passam mensagens aterrorizantes do Deus que defendem, contaminando gerações com pavores de castigos e de infernos caso o ser não siga as regras que ele diz existirem.
        Em meio a tantas discussões, palestras, rezas, argumentos, Deus segue invisível para quem não leva a questão para o lado da fé e, na indagação mais curiosa sobre quem é Deus, ouvimos quase sempre que é amor, é luz, é uma energia, deixando a dúvida aumentar mais ainda, posto que essas respostas não sejam concretas e definitivas.
        Particularmente acredito que existam vidas diferentes em outros rincões por ai. Nestes lugares, esses seres podem ser como nós e alguns outros diferentes, existindo em dimensões que não temos olhos de ver.
        Acredito que são muitos lugares, muitos líderes, seres bem mais evoluídos que a gente e acredito que alguns atuem em nosso planeta, uns numas regiões, influenciando algumas pessoas com determinados tipos de conduta, roupa, alimentação, outros em outras e, acredito que eles até brigam em busca de mais espaço, tirando essa suposta santidade de todos aqueles que são superiores.
        Acredito que muitos decidem viver a experiência da carne e, por isso mesmo, ao estarem entre nós, diminuem sobremaneira seus plenos poderes, mas mantém alguns, o que os diferenciam de quase todos nós e, em muitos casos e épocas, os colocam como verdadeiros deuses diante de nossa fraquinha falta de poder e de vontades próprias, fragilizadas em pecados como egoísmo, gula, língua ferina e desejos e mais desejos contínuos.
        Uns mais legais outros mais ou menos e, até uns malévolos, circulam entre nós e, seus planos, não sei. Existem muitas mensagens mediúnicas, livros diversos, canalizações, que quando lemos percebemos milhares de planos de facções diversas, portais que se abrem, eras que se anunciam, anjos que vão chegar, legiões que vão migrar, gente que vai morrer, crianças índigos que vão nascer, enfim, um oceano de informações e o tempo passa e continuamos afogados em dúvidas e incertezas do que realmente é ou deixa de ser.
Às vezes penso que tudo é, cada verdade tem seu naco e Deus nada mais é que o superior que aceitamos, que nos agrada, aquilo que é conveniente ter, acreditar, uma forma de alívio da nossa impotência diante de coisas que acontecem, é bem mais cômodo dizer: se Deus quiser, graças a Deus, Deus quis assim...
O tempo passa, Deus é Krishna, Jesus, Javé, Deus é o Pai, é Sai Baba, Deus é amor, uma energia, isso e aquilo, mas ninguém aparece com autoridade, lá do alto, de uma maneira insofismável e cabal para assumir ou esclarecer.
Então o melhor, enquanto estamos por aqui, acreditando ou não, é que sejamos todos legais uns com os outros, respeitemos regras básicas de convivência urbana, social, pois só assim poderemos viver mais e melhor, até que um dia, esse mistério possa realmente ser resolvido.
Quem navega hoje no mundo da neurociência fica cada vez mais convencido de que as chaves estão dentro do nosso cérebro. Não será surpresa que no futuro, a resposta seja bem simples.
        Perceba que os grandes pensadores, cientistas e estudiosos modernos estão explicando coisas que antes eram tidas como sobrenaturais, metafísicas, esotéricas e, não se admirem que um dia fique claro que nós mesmos somos Deus, que ele não é nada exterior, que nós é que ainda estávamos usando pouca potência mental.
        Se isso ocorrer, vai ser uma revolução e, ninguém mais, vai poder influir negativamente em cada um de nós, afinal, se chegarmos à potência superior, construiremos inevitavelmente em nosso castelo interior, um reino de luz, de boas energias, de ações e de emanações amorosas, vivendo na carne a delícia de ser divino e maravilhoso.
        Além, de recebermos definitivamente o passaporte para a convivência cósmica e fraterna com seres de todos os cantos e recantos do universo.
F: Flávio Rezende

quinta-feira, 23 de maio de 2013

DORALICE


  NAQUELA MESA
Essa não era mais uma daquelas briguinhas que todo casal tem quando, por falta de assunto, resolver fazer para movimentar o relacionamento. João Pedro estava determinado a terminar o casamento com Doralice.
A decisão dele nada tinha a ver com outra mulher, antes fosse. A verdade é que João Pedro empapuçou do matrimônio. Não aguentava mais acordar e deitar com Doralice, a convivência diária se tornou um martírio para ele.
— Então é isso? Está acabado? — perguntou Doralice, em pé, junto à porta do apartamento e com os olhos cheios de lágrimas, mas ainda contendo o choro.
— Assim que eu voltar de Porto Alegre eu vou procurar outro lugar para ficar. Mas, não se preocupe, não deixarei nada te faltar. — fez uma pequena pausa, deu um beijo na testa da quase “ex” esposa e continuou — Volto sexta-feira.
Assim que a porta se fechou, Doralice desabou a chorar. Nunca imaginou que um dia teria que se separar de João Pedro, desde o momento que o conheceu, o mundo parou de girar. Nem mesmo o fato do sujeito ser comprometido lhe importou. Ela estava obcecada por ele.
Ninguém sabe ao certo como conseguiu a façanha de separá-lo de Regina, que tinha uma beleza de fazer inveja, de parar o mercado de peixe. Já Doralice não era lá das mais belas, para falar a verdade, é preciso que façamos justiça, ela era realmente feia.
Ninguém entendeu quando João Pedro resolveu terminar seu relacionamento para ficar com ela. As más línguas diziam que só podia ser uma coisa: macumba. As suspeitas da vizinhança tinham fundamento. Doralice, sempre que podia, frequentava o terreiro do Pai Valter, que ficava nos arredores da capital paulista, praticamente na divisa com Diadema.
Passados dois dias da partida do marido, não tinha nenhum plano para fazê-lo desistir da ideia de sair de casa. Ligou para sua mãe para tentar puxar assunto. Como percebeu que a filha não estava bem, chamou-a em casa.
— O que é que você fez agora, Dora?
— O João Pedro, mãe… — respirou fundo e concluiu — Ele quer a separação!
Sua mãe não pareceu surpresa com o que acabara de ouvir.
— Acontece, Dora; acontece… No fundo até você sabia que aquele homem era muita areia para o seu caminhão, não é?
— Como é que é? — interrompeu Dora, irritada.
— Ah, Dora! Faça-me o favor! Não venha agora posar de inocente, pois você não é. Sou tua mãe, mas não sou cega!
— Mas, mãe…
— Não tem jeito. Você fez o inferno da vida daquela outra moça, até que o rapaz se separou, agora está tendo o que merece. Assim é a vida!
— Você não está do meu lado?
— E desde quando eu saí dele. Eu te disse para não forçar a barra para que ele casasse, não disse?
— Disse, mas eu não podia deixar chance para ele voltar para ela.
— Bobagem, minha filha. Você apenas o forçou a viver como marido quando não era a hora dele. É melhor aceitar os fatos.
De fato, nem chegou a ter um casamento com festa e tudo. Quando João Pedro se deu conta, Doralice já estava morando em sua casa. Começou deixando uma escova de dente. Depois a escova foi recebendo companhia de outros pertences. Semana a semana, ela levava mais alguma coisa. Em dois meses, estavam morando juntos.
Logo após da conversa desanimadora com a sua mãe, faltando apenas um dia para o retorno do marido, Doralice viu que não tinha alternativa. Somente Pai Valter poderia lhe socorrer. Depois de duas horas no trânsito caótico de São Paulo, chegou ao seu destino.
Para sua infelicidade, Pai Valter estava em um atendimento, o que gerou mais quatro horas de espera. Quando pensou em desistir, foi chamada.
— Pai Valter, lembra-se do João Pedro? Então… Ele quer a separação. Estou desesperada! Não faço a menor ideia do que fazer. Diga algo, por favor! Não quero perdê-lo.
— “Min zé fia”, o caso tá muito complicado… — parou um pouco, tragou o charuto que estava em sua mão e continuou — Me deixe ter aqui com os meus para ver o que fazer.
Após jogar alguns búzios, Pai Valter fez umas caretas, falou mais algumas palavras indecifráveis, mas teve uma resposta.
— Faça o seguinte: diga ao moço que está grávida. Com isso você ganha tempo. Aí volta aqui e faremos um trabalho para adoçar os pensamentos dele a teu respeito.
Para Doralice tudo ficou claro: a ideia era genial! Estando grávida, João Pedro teria que ficar por perto e com o tempo ele acabaria entendendo que ela era a mulher de sua vida. Nem cogitou no que ele faria quando descobrisse a farsa. “Uma coisa de cada vez”, pensou.
F: Marcelo Vitorino