terça-feira, 13 de janeiro de 2009

CRÔNICA


Juventude e esperança com muitas veredas

Aquele cafezinho a tarde sempre foi um vigorante para o corpo, para a mente ou simplesmente um hábito muito prazeroso. Ao dirigir-me para aquela mesa desocupada por jovens, notei cair alguma coisa de um deles. Ao tentar apanhar, não fui tão rápido, a jovem recuperava o pequeno objeto e segurando no meu antebraço, falou sorrindo: - obrigada pela intenção, seu café deve está uma delícia! – Quando respondi, obrigado você. ... já foi tarde. A jovem retomara apressada a direção dos seus colegas, com a graça da juventude, estava escrito nas costas em sua camiseta colorida: “Não somos tão inúteis, pelo menos servimos de mau exemplo”. Frases assim, irônicas, estampadas em camisetas de jovens, não retratam apenas protestos, - as vezes traduz um alerta inteligente e assim interpretei a incoerência da mensagem. Será que queria dizer, somos um produto não desejável? Ou frutos de uma geração apodrecida pelo consumo, entregue aos seus próprios destinos? Nem tanto. A imaginação fértil da juventude é divulgada a sua maneira e erroneamente analisadas pelos adultos como Irreverência. Os jovens atuais sofrem uma pressão muito grande dos pais e da própria sociedade, na tentativa de se recompor os valores, a família ou as próprias instituições denegridas e decompostas por gerações anteriores. Essa realidade transforma até a índole do ser humano, na infância, na adolescência e até adultos, utilizando as modernas ferramentas da tecnologia, sem critérios didáticos, dessas condições a serem oferecidas. O resultado é precoce, o choque de gerações é contundente, valores distorcidos, informações desiguais, ética confundida com praticidade, os conflitos ... o desamor. E a esperança em veredas, confunde-se nas encruzilhadas do destino. Encontrar o caminho certo, ainda é a confiança depositada e delegada a Juventude.

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