quinta-feira, 26 de maio de 2011

16 MIL FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS EM GREVE NO RIO GRANDE DO NORTE


Cidades
Servidores públicos em greve somam 16 mil no RN
Categorias paradas fizeram protesto ontem em frente à Governadoria, mas impasse continua

O cenário era diferente das repartições públicas usuais. Não havia birôs, poltronas, nem crucifixos na parede, tampouco condicionador de ar ou computadores, nem documentos para despachar e pessoas para atender. Representantes de cerca de 16 mil servidores públicos em greve foram à Governadoria ontem, debaixo de chuva, protestar contra a administração estadual. Aos gritos de "queremos nosso plano", eles reivindicavam o aumento previsto no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos de 12 categorias da administração indireta.

Trabalhadores pedem cumprimento de planos de cargos e governo diz que diálogo será possível com volta às repartições. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press.

Santino Arruda, presidente do Sindicato da Administração Indireta (Sinai), comandava a multidão. Haviam servidores da Fundação José Augusto (FJA), Extensão Rural (Emater), Meio Ambiente (Idema), Estradas e Rodagens (DER), Trânsito (Detran) e da Junta Comercial (Jucern), que já estão paralisados, e de outras entidades como Secretaria de Reforma Agrária (Seara), Fiscalização Agropecuária (Idiarn), Procuradoria (PGE), Controladoria (Control)e Pesquisa Agropecuária (Emparn). Como a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) não estava na Governadoria, representantes de cada uma das categorias foram recebidos, a portas fechadas, pelos secretários da Casa Civil, Paulo de Tarso Fernandes, e José Anselmo, da administração.

Os grevistas protestam contra o fato de que o governo culpa as administrações anteriores pelo caos no serviço público e pela onda de greves nos últimos dias. "Não é verdade que a administração não possa pagar. O orçamento estadual teve um aumento de 22% neste ano, e, deste total, 17% para gastos com pessoal. Além disso, a arrecadação média é 13% superior ao ano passado", argumentou Santino Arruda. O governo, no entanto, permanece sem atender às reivindicações dos grevistas. "Não se constróem diálogos se os serviços que atendem à sociedade continuam paralisados", afirmou o secretário de Comunicação, Alexandre Mulatinho.

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