AO
POVO DO RIO GRANDE DO NORTE
O respeito que nutro por cada cidadão norte-rio-grandense
me impõe o dever de esclarecer fatos inverídicos, imputados à minha conduta de
homem público, o que faço após conseguir formalmente a íntegra dos elementos de
investigação em curso na Procuradoria Geral da República.
Pelo que foi noticiado, uma conversa republicana,
ocorrida entre autoridades públicas, foi interpretada como “tráfico de
influência” perante o BNDES para favorecer a empresa que construía a obra Arena
das Dunas em Natal.
A atividade político-parlamentar inclui, entre suas
funções, a de, se necessário, se por à disposição para promover reuniões entre
agentes públicos, objetivando defender interesses legítimos e transparentes do
Estado, a exemplo da ocorrida para evitar a paralisação da obra de construção
do estádio que foi usado para sediar a copa do mundo em Natal.
Dessa
reunião específica não resultou entendimento entre as partes, provocando
iniciativa do Estado, diretamente ao TCU, sem a minha interferência, que
deliberou pela continuidade da obra, autorizando o BNDES a dar prosseguimento
ao financiamento contratado. Minha participação nesse assunto resumiu-se a essa
reunião e não intercedi, sob nenhum pretexto, nas decisões tomadas pelo Tribunal
de Contas da União e, muito menos, pelo BNDES.
É
importante salientar que a liberação dos pagamentos da obra foi submetida ao
crivo de todos os órgãos de controle estatal e, evidentemente, sem a minha
participação, até por ser um Senador da oposição sem qualquer acesso ao atual
governo. A análise e a decisão da Corte de Contas da União determinando o
prosseguimento da obra afastam inteiramente a repugnante notícia que interpreta
como “corrupção passiva” a doação de campanha destinada ao Diretório Nacional do
DEM e distribuída a diversos diretórios regionais, conforme consta das
prestações de contas e dos registros contábeis do partido que presido.
Do
mesmo modo, não se podem interpretar como existência de cumplicidade e conluio
com o Diretor Presidente da OAS, os esforços desempenhados para salvar a vida
do ex-deputado João Faustino. O pedido que fiz em nome da família para
conseguir um avião que o transportasse de Natal a São Paulo foi motivado pela
estreita amizade que unia João Faustino a Léo Pinheiro. Infelizmente a viagem
não se consumou, pois sobreveio o falecimento que buscávamos evitar.
Por
fim, repudio, com veemência, a ilação de que pratiquei “lavagem de dinheiro”,
decorrente da análise da movimentação financeira de minhas contas bancárias
levada a efeito pelo COAF – órgão subordinado ao Ministério da Fazenda. As
movimentações apontadas são provenientes, todas de recursos próprios, operados
sob minha inteira responsabilidade, com todos os comprovantes de licitude e
legalidade que serão colocados à disposição dos órgãos de investigação e da
Justiça.
Estes
esclarecimentos conduzem a uma conclusão certa e inabalável: limitei-me ao
cumprimento do meu mandato de Senador, cujo papel de oposição continuarei
firmemente a exercer, com o entendimento de que as notícias veiculadas têm
origem em manobras e armações inaceitáveis, promovidas, deliberadamente, com o
propósito de manchar minha reputação construída ao longo de 40 anos de vida
pública e tantas vezes submetida ao julgamento popular. Tudo, na tentativa vã
de calar a minha voz.
NÃO
VÃO CONSEGUIR!
Senador
José Agripino Maia
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