quarta-feira, 1 de abril de 2009

Contraste - Traços poéticos

Mesmo em Pérolas, que não sejam em série

Com permissão de vocês e convencendo os sentimentos, a madrugada se foi e o talento não despontou. Nada melhor poderia sair dos meus limites. Lembrei dos amigos, quem sabe a clemência, a lisonja, a mão pela cabeça e que digam ... vá recitar aprendiz ... mas como sabem, nós somos otimistas! Paradoxalmente em CONTRASTE.
Um abraço, um beijo no coração.
Dutra Assunção.

Contraste
31/03/2009
Autor: Dutra Assunção

Antônio Carlos
Brasileiro de Almeida Jobim
Águas de março
Foi começo, eterno, sem fim ...
Em dueto nos apresenta
Os anos setenta
Elis Regina como clarim

Sol, verão, estações, águas de março
Um dueto famoso nos acalenta
o poeta ... o boêmio e a intérprete,
A década, a paz não se comenta

Regando cidades,
Campos e sertões
Águas de março
Fizeram sóbrios os salões.

Agora se canta em refrão,
As águas de março
Em recordação.

E o poeta se foi,
E o canto entoou,
O refrão se firmou,
A melodia marcou.

Foi um passado pungente
Agora presente sem carinho,
O amor mais ausente.

Agora é a vida insegura
É arma atirando,
É o sangue pingando.

É a vida saindo
É o poeta partindo
É a morte chegando.

É o ritmo sem rima,
O trabalho sem o moço
É o suor sem esforço.

Agora pode ser
Carlos Antonio Estrangeiro
De Souza ou Sousa e Silva
Sem ideais, meios ou fins
Que se apresentam
Em grupos, em coro
A voz coletiva como estopim.

Natal, 31 de Março de 2009.
Dutra Assunção

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