domingo, 23 de outubro de 2011

ELIS REGINA, ÁGUAS DE MARÇO

 Elis Regina, Águas de Março

Contraste
Autor: Dutra Assunção
Santana do Matos/RN
       Natal, 31 de Março de 2009

Antônio Carlos
Brasileiro de Almeida Jobim.
Águas de março...
Foi um começo, eterno, sem fim ...
Em dueto nos apresenta,
os anos setenta,
Elis Regina como clarim.

Sol, verão, estações, águas de março,
um dueto famoso nos acalenta.
O poeta ...  O boêmio e a intérprete,
a década, a paz não se comenta.

Regando cidades,
campos e sertões,
"Águas de março";
Motivaram sóbrios salões.

Agora se canta em refrão,
 "Águas de março",
em recordação.

E o poeta se foi,
e o canto entoou,
o refrão se firmou,
a melodia marcou.

Foi um passado pungente,
agora presente, sem carinho ...
O amor mais ausente.

Agora é a vida insegura!
É arma atirando!
É o sangue pingando!.

É a vida saindo,
é a intérprete partindo
é a morte chegando.

É o ritmo sem rima,
o trabalho sem o moço
é o suor sem esforço.

Agora pode ser:
Carlos, Antonio Smith ou Hervey
De Souza ou Sousa e Silva,
sem ideais, meios ou fins
- Que se apresentam
em grupos, em coro,
a voz coletiva como estopim.

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