Educar um verbo para educadores O levantamento feito pelo Ministério da Educação sobre a utilização dos 25% da receita que recebe na área por cada município para serem utilizados pelas Secretarias de Educação, talvez tenha surpreendido aqueles menos informados dos Estados do RS, SE, PB, MT e mais 165 municípios brasileiros que não utilizaram o percentual que deveria ser aplicado por Lei.
Santana do Matos em primeiro lugar no país em descaso e desrespeito aos jovens e a educação empregou apenas 2,06 %, o que particularmente não me surpreendeu. Esse assunto já vinha sendo a muito tempo colocado pela imprensa, por políticos, professores, cidadãos mais esclarecidos e politizados.
A classe dos professores alertava a muito tempo as irregularidades da utilização da verba, vereadores debatiam e questionavam na Câmara a ineficiência da Secretaria de Educação: Escolas sem manutenção, Caminhões (Tipo Boiadeiras) transportando alunos, Secretário de Educação sem autonomia ou pulso para coordenar tão importante segmento da sociedade, chegando a declarar: .“Sei que o município aplica mais do que isso porque o prefeito diz, por isso considero que o erro foi na prestação de contas. Como secretário, eu deveria saber desses números, mas ainda não tive acesso”, informou o secretário de Educação, Luis Soares (PT). “Entreaspas” sim, para um Secretário Municipal que retrata sua própria Secretaria, com tal sinceridade, demonstrando impotência e no fundo se deixando criticar pelas condições da função exercida. Portanto os dados divulgados pela imprensa nacional, já eram esperados por aqueles que conhecem um pouco de Administração Pública.
As desculpas ou justificativas com certeza virão, comprobatórios previamente engavetados direcionando opções ou ações sem critérios e que ficarão na história. E que os medalhões, efígies ou inscrições talvez ainda recebam pelo menor índice de tal vergonhosa classificação no país.
O próprio Secretário acha que se gastou mais, porque o Prefeito disse! Também não me causa surpresa. Assim parece funcionar a máquina. Educar é o primeiro passo para o desenvolvimento. Caso não acreditem, seria bom se espelhar nos líderes e nos professores do passado. Na mesma praça, nos mesmos colégios e sem os meios modernos da comunicação, eles alavancaram uma década de progresso e realização profissional de vários santanenses. Cito sempre, Saudosos Aristófanes Fernandes e Professor Waldson Pinheiro. Eles com certeza dissimulavam àqueles que têm muito a aprender. A educação felizmente não corresponde a projetos eleitoreiros, ela é absolvida lentamente, transmitida por palavra a palavra e trabalhada a quatro, seis ou oito mãos.
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