segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

"PIZZA NO VESTIBULAR DA UERN"

Destaco comentário feito pelo professor Caio Cezar no texto postado: "UERN frusta 19 mil candidatos cancelando vestibular de última hora"
"E o governo do Estado mais uma vez pisou na bola!

Sou professor de História na rede privada de ensino aqui no Estado e conheço de perto o drama vivido pelos concorrentes ao processo seletivo 2010 da UERN. Na paranóica de corrupção que o cidadão brasileiro vive nos atuais dias (e também não é para menos), essa "mancada" promovida pelo governo do Estado (UERN mas precisamente) via empresa AOCP foi no minimo desrespeitosa para com os concorrentes. Por que digo isso? Será drama de "novela mexicana" por minha parte? Claro que não! Convivo todos os dias com alunos que aspiram uma vaga em uma universidade pública, e dar para sentir de perto toda a pressão exercida sobre eles: pais e parentes cobrando (mesmo que indiretamente), nevorsismo, expectativas, insônias, muito estudo e bastante fadiga são alguns dos efeitos colaterais que o vestibular gera nesses alunos.

O cancelamento geral do concurso nos faz questionar se até em provas para a o ingresso em uma instituição de nivel superior não estamos livres da praga da corrupção. As explicações até agora dadas pelos promotores do evento foram no minimo medíocres, sem fundamentos acobertada por uma gama de mistérios, já que as informações sobre o adiamento foram bem restritas!

Tive a informação de um concorrente que a satisfação dada no momento do cancelamento pela coordenadora de um dos locais de provas foi a seguinte: "O concurso foi cancelado devido a erros tecnicos, maiores informações terão no site da UERN, por favor saiam do ambiente sem tumulto". Através dessas palavras se dar para ter uma breve noção da falta de organização do concurso! Se o Estado não gerenciou logisticamente de maneira eficaz um concurso com 19 mil candidatos, agora imaginem o caos que será a copa do mundo de 2014 aqui no Estado?

E aí? O que dizer a nossos alunos? De quem é a culpa? No minimo essa estória irá terminar em uma maneira classicamente brasileira: acabar em Pizza.


Atenciosamente,

Caio Cézar Gabriel
Professor de História"

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