terça-feira, 12 de novembro de 2013

EM TOM DE DESABAFO, HENRIQUE ALVES REFUTA CRÍTICAS QUE APONTAM CRIAÇÃO DE PAUTAS-BOMBA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS



Brasília (DF) - O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, refutou nesta terça-feira (12) as críticas que apontam a inclusão de “pautas-bomba” na agenda de votações da Câmara. Ele classificou como irresponsáveis e injustas as afirmações que a Câmara dos Deputados tem incluído na pauta projetos que vão aumentar gastos do setor público. A afirmação foi feita em pronunciamento no Plenário da Câmara.F: J Batista

Ele afirmou que muitas das matérias classificadas como “pautas-bomba” não foram criadas pela Câmara, já tramitam há vários anos no Congresso e, algumas delas, foram aprovadas pelo Senado sem qualquer crítica.

Henrique Alves citou como exemplo a PEC 300/08, que cria um piso nacional para policiais, e o projeto de lei 7495/06, que institui o piso nacional dos agentes comunitários de saúde e combate a endemias. No primeiro caso, ele lembra que a piso dos policiais foi aprovado por unanimidade no Senado, inclusive com a votação dos dois turnos no mesmo dia. “Ninguém falou nada, não houve crítica”.

A PEC, segundo ele, está na Câmara há quatro anos e já foi aprovada em primeiro turno. Henrique Alves lembrou que a Câmara enviou ofício a todos os governadores solicitando uma avaliação do impacto da proposta no orçamento de cada estado. “Apenas cinco responderam. Mesmo assim, continuamos solicitando a resposta dos governadores. Estamos sendo responsáveis e não irresponsáveis”.

No caso do piso dos agentes comunitários de saúde, o presidente da Câmara diz que as acusações contra a Câmara também são irresponsáveis. “O projeto foi aprovado há sete anos pelo Senado, ou seja, a matéria é discutida por todo esse tempo pelos deputados”. Ele afirmou que, depois desse tempo, é dever da Casa incluir a matéria na pauta do Plenário.

Os dois casos, segundo ele, são uma demonstração clara de que a Casa se tornou o para-raios das matérias polêmicas.

Orçamento impositivo
Henrique Alves ainda classificou como contraditórias as críticas contra o orçamento impositivo. “A imprensa e vários setores sempre apontaram a liberação de emendas parlamentares pelo governo como a principal raiz da corrupção e da cooptação política. Liberação de emendas era o vínculo do mal. A Câmara, então, aprova o orçamento impositivo, que acaba com o toma lá, dá cá, e passo a ouvir que, agora sim, a corrupção vai aumentar”.  As críticas ao novo modelo de liberação de emendas parlamentares no Orçamento, segundo ele, além de contraditórias, são “completamente injustas.

O orçamento impositivo, segundo ele, torna o processo mais transparente e autônomo. Henrique Alves reafirmou a importância da emenda parlamentar para os pequenos municípios que, muitas vezes, dispõem apenas desse mecanismo para assegurar recursos para obras em suas cidades.
F: AssImp

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