Lula autoriza permanência do Exército no Rio
Dois mil homens seriam necessários para atuar como uma força pacificadora no complexo do Alemão
Foto: AE
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou autorização para a permanência das Forças Armadas no Rio de Janeiro, em atendimento ao pedido do governador Sérgio Cabral. O texto do presidente não explicita por quanto tempo o Exército permanecerá atuando como uma força pacificadora no Complexo do Alemão e na Penha. Apesar disso, o prazo poderá se estender até outubro do ano que vem, como foi pedido por Cabral. Pelo menos dois mil homens serão destacados para executar a missão. A autorização presidencial será publicada no Diário Oficial da União amanhã.
Nos encontros que manterá com Cabral, Lula irá acertar que a permanência do Exército nos morros tem de ser feita acompanhada de investimentos verdadeiros, assegurando a presença do Estado na região. Lula foi alertado que, a simples entrada do Exército para garantir a segurança do local, precisa ser acompanhada de pesados investimentos em vários segmentos na área, para que a população sinta as melhorias reais e definitivas para vida dela, sob o risco do apoio que a comunidade está dando se transforme em revolta e duras críticas.
Após a autorização de Lula será editada uma instrução normativa pelo Ministério da Defesa, definindo a diretriz de atuação do Exército na área. Nesta diretriz da Defesa que está sendo cuidadosamente trabalhada, estarão especificadas as missões e locais de atuação, com base na Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
O número de militares envolvidos neste tipo de operação deve ser de dois mil homens, podendo chegar a 2,2 mil. Mas os militares insistem que é preciso haver revezamento de pessoal, para evitar desgaste e contaminação da tropa. Esse revezamento poderá ser realizado a cada mês ou dois meses.
A preocupação dos militares é que, até agora, tudo está dando certo, o noticiário ainda é favor aqui e no exterior, mas, os problemas já começam a surgir com a Polícia Militar do Rio. Lembram que, na hora que o primeiro soldado do Exército, por alguma infelicidade, der um tiro errado, ele será execrado, todos questionarão a execução da missão e o clamor popular pela permanência do Exército nas ruas rapidamente se transformará em cobranças e críticas. Para tentar evitar maiores problemas é que o Exército pediu o acompanhamento diuturno do Ministério Público Militar nas suas ações, para que tenha respaldo para a missão que está executando.
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