segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

ESTUDANTES DA UnB SURPREENDEM COM MANIFESTAÇÕES A INAUGURAÇÃO DO MEMORIAL DARCY RIBEIRO EM BRASÍLIA

Nos bastidores ...
 Lula enfrenta protesto de estudantes ao inaugurar memorial em Brasília

Manifestantes protestaram contra atrasos em obra da Casa do Estudante.
Memorial Darcy Ribeiro foi construído na Universidade de Brasília.

Lula ao lado do pres. do Uruguai, José Mujica
(de óculos escuros), durante inauguração do
Memorial Darcy Ribeiro em Brasília
Apelidado de “beijódromo” por estudantes da Universidade de Brasília (UnB), o Memorial Darcy Ribeiro foi inaugurado na tarde desta segunda-feira (6) com protestos de militantes do PSTU, em Brasília.

Presentes ao evento, que ocorreu sob sol escaldante, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Uruguai, José Mujica, foram surpreendidos pelos manifestantes que utilizaram tambores, cartazes e palavras de ordem para chamar a atenção.

Lula não se manifestou sobre o protesto. Durante o evento, ele somente leu um discurso sobre Darcy Ribeiro, antropólogo, escritor, vice-governador do Rio e senador, morto em 1997.

O reitor da UnB, José Geraldo Sousa Júnior, foi um dos mais hostilizados pelos estudantes que exibiam cartazes com mensagens como “beijódromo construído em cinco meses, mas meu curso ainda não tem prédio”. Durante o discurso, o reitor foi vaiado e ouviu gritos de "UnB sucateada" e "chega de mentira".

Diante do embaraço causado na comitiva de Lula, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, chegou a tentar conversar com os militantes para evitar as manifestações. "A hora é de saudar o mestre Darcy Ribeiro", afirmou Ferreira.

O próprio presidente Lula foi alvo de protestos. Em meio a vaias e gritos, os manifestantes perguntaram: “Ô Lula, por que você mudou?” Houve ainda quem chamasse o presidente de “demagogo”.

Parte dos convidados que acompanhava a cerimônia próxima ao palco tentava reagir com aplausos aos pronunciamentos, mas os gritos e a batucada dos tambores sobressaíram, forçando a Polícia Militar a montar um cerco para evitar a aproximação dos militantes.

A rapidez na execução da obra foi utilizada pelos manifestantes para cobrar a construção de uma Casa do Estudante. A cerimônia foi realizada ao lado do memorial, em um terreno coberto de lama que causou transtornos aos convidados.
Fonte: Robson Bonin Do G1, em Brasília
(Foto: Fabio Pozzebom / Agência Brasil)

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