Houve evolução na qualidade da educação
superior brasileira nos últimos anos. A afirmação foi feita pelo ministro da
Educação Aloizio Mercadante, com base nos indicadores de qualidade da educação
superior de 2011. Em 2011 foram avaliados 8.665 cursos das áreas de ciências
exatas, licenciaturas e áreas afins, além de cursos dos eixos tecnológicos de
controle e processos industriais, informação e comunicação, infraestrutura e
produção industrial de 1.387 Instituições de Educação Superior (IES). No ciclo
2009-2010-2011 foi avaliado um total de 2.136 IES.
Os indicadores de qualidade do
ensino superior levam em conta o Índice Geral de Cursos (IGC), além do Conceito
Preliminar de Curso (CPC). O cálculo do IGC inclui a média ponderada dos
conceitos preliminares de curso e os conceitos da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que avaliam os programas
de pós-graduação das instituições.
Enquanto o Índice Geral de Cursos
Avaliados da Instituição (IGC) é um indicador que avalia as IES e é resultado
da média ponderada dos Conceitos Preliminares de Curso (CPC) da Graduação e do
conceito da Capes aplicado aos programas de Pós-graduação, o CPC avalia o
rendimento dos alunos, infraestrutura, organização didático-pedagógica e corpo
docente. Na nota do CPC, o desempenho dos estudantes conta 55% do total,
enquanto a infraestrutura e organização didático-pedagógica representam 15% da
nota e o corpo docente, 30%. Na nota dos docentes, a quantidade de doutores
pesa 15% do total, já dedicação integral e mestres representam 7,5% da nota.
O IGC 2011 avaliou 2.136 universidades,
faculdades e centros universitários. Desse total, 50,6% tiveram conceito 3,
considerado satisfatório. Dados divulgados pelo Ministério da Educação mostram
ainda que 27% das IES brasileiras tiveram conceito insuficiente no IGC em 2011.
Estes resultados compõem o primeiro ciclo completo dos indicadores de
qualidade, evidenciando a evolução de 2008 a 2011, quando foram avaliados
18.346 cursos de 2.136 instituições.
"Nesse período cai o número
de instituições que estavam no nível 1, e cai fortemente o número de
instituições que estavam em nível 2, o que é um ótimo indicador", analisou
o ministro Aloizio Mercadante, ao lado do presidente do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa.
"Também aumenta o nível 3 de forma significativa, aumenta muito o nível 4
e um pouco o nível 5. Ou seja, houve uma melhora generalizada na qualidade do
desempenho das instituições por curso, quando analisamos de 2008 a 2011",
salientou.
O resultado do CPC 2011
considerou 4.403 universidades – sendo 2.642 públicas e 1.761 privadas – além
de 2.245 faculdades e 928 centros universitários. Atualmente, 53,9% das
matrículas do ensino superior estão nas universidades, 30,9% nas faculdades e
13,7% nos centros universitários. Segundo Mercadante, em todos os casos houve
melhora significativa nos cursos de ensino superior. "A curva toda se
desloca em direção à melhora na qualidade. Há uma série de medidas que estão
surtindo efeito", pontuou o ministro.
De acordo com Mercadante, o
processo avaliativo induz à melhoria da qualidade nos cursos: "A avaliação
é instrumento de políticas educacionais e fomenta a melhoria da
qualidade", destacou o ministro, ressaltando a importância de políticas
como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento
Estudantil (Fies).
F: INED
Nenhum comentário:
Postar um comentário