Em
discurso na tribuna do Senado na noite desta terça-feira (16), o líder do Democratas,
José Agripino, disse que o Brasil só vai se recuperar da crise econômica e
social que vive quando a presidente da República “se despir” da postura de “candidata
à reeleição” e começar a governar. “Vivemos um momento grave na economia, que
recomenda uma conciliação nacional. A começar pela presidente da República, que
deve adotar uma atitude de estadista, se despir da postura de ‘candidata à reeleição’
e começar a governar”, disse o senador.
Agripino citou a oscilação do setor industrial no Brasil – reflexo, segundo o parlamentar, de erros graves da gestão do PT na condução da economia. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram queda de 2% da produção das indústrias, em maio. Em janeiro, o setor cresceu 2,7%, caiu 2,4% em fevereiro, pouco subiu em março (0,8%), acelerou em abril (1,8%) e voltou a despencar em maio. “Nossa indústria está subindo e descendo, todos os meses, como uma gangorra, o que vai gerar reflexo no desemprego. Isso não é economia de um país que quer um lugar entre as nações desenvolvidas do mundo”, frisou.
Em relação às manifestações que ocuparam as ruas do Brasil, o líder democrata acredita que os protestos foram um grande recado das ruas para o que chamou de “crise de representatividade”. “A classe dirigente está frustrando o cidadão que, movido pelas insatisfações, foi às ruas por mudanças. Ou seja, o cidadão brasileiro está farto de privilégios. Os representantes do povo que não estiverem atentos a isso vão pagar um preço alto”, destacou.
José Agripino disse ainda que a população brasileira está exigindo respostas rápidas e práticas por uma educação, saúde e segurança pública de qualidade. “A presidente está vivendo uma crise monumental, a economia não vem dando certo. A chefe do Executivo tem que dar uma guinada para valer, não com coisas superficiais. Deve adotar medidas práticas, efetivas, como melhorar o gasto público, ter planejamento e combater com veemência a corrupção”, ressaltou Agripino. “O governo precisa acordar. Temo que o país esteja desanimado e os remédios para reanimar a economia vão de mal a pior”.
F: AssCom
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