Tiro que matou soldado saiu de base militar no Alemão, diz Exército
‘Estamos com o cenário praticamente fechado’, diz major.
Morte não teria ligação com cansaço ou inexperiência da tropa.
O tiro que matou o soldado Irving Vianna Martins dos Santos, na segunda-feira (3), no Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, saiu de dentro da base em que o militar trabalhava. A informação foi confirmada pelo Exército.
Segundo a assessoria de imprensa da Força de Pacificação, que atua na região, as investigações já descartaram a hipótese de o disparo ter saído de algum outro ponto da comunidade e de a bala ter partido da própria arma da vítima.
“Não vamos divulgar informações parciais. Mas podemos afirmar que os fatos não têm relação com o cansaço da tropa e nem com a inexperiência dos envolvidos. Estamos com o cenário praticamente fechado”, afirmou o assessor de comunicação da Força de Pacificação, major Fabiano.
A afirmação foi feita depois de a família do soldado reclamar que Irving estava trabalhando há quatro dias sem folga. “Apesar de estarem na escala de trabalho, isso não significa que eles não tirem horas de descanso na própria base, onde há alojamentos. O próprio Irving estava no período de descanso quando foi atingido”, explicou o major.
Armas são periciadas
Segundo o Exército, as armas dos militares que estavam perto da vítima estão sendo periciadas. O prazo para a conclusão do Inquérito Policial Militar é de até 40 dias, mas o laudo pode ser divulgado antes.
A família do militar reclama das informações desencontradas do Exército sobre o caso. Em nota oficial, o Exército diz que Irving foi morto por um disparo acidental.
“Primeiro falaram que tinha sido um acidente à bala e que ele estava sozinho. Depois, que foi um tiroteio e que ele estava com outras oito pessoas. Um tiro na cabeça de pistola não é coisa de bandido. Dá uma revolta isso, não podem abafar o caso”, afirma a noiva do militar, Juliana Lucena, de 28 anos.
Militar foi ferido em base do teleférico
Ainda de acordo com a instituição, Irving estava na base do teleférico do Morro do Alemão quando foi atingido. Lá, segundo a assessoria de comunicação da Força de Pacificação, funciona uma base que tinha cerca de 100 homens no momento do acidente. Além de homens que fazem a segurança do local, há dormitórios para o descanso de militares.
Segundo uma nota oficial do Exército, o paraquedista foi ferido à tarde, levado para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, também na Zona Norte, e depois transferido para o Hospital Central do Exército, onde morreu.
F:G1
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