Para os especialistas em política brasileira, a
escolha do potiguar Henrique Eduardo Alves, do PMDB, para presidir a Câmara dos
Deputados nesta segunda-feira é um caminho natural. O PT, dono da maior
bancada, presidiu a Casa no primeiro biênio da legislatura, e agora é a vez do
PMDB, que tem o segundo maior número de deputados. Dentre os peemedebistas, o
nome de Alves foi escolhido pela maioria, com a bênção do vice-presidente da
República, Michel Temer. Alves é o deputado mais longevo da Câmara, com 11
mandatos. Nunca mudou de partido e tem boas relações na base governista e na oposição. Em síntese, o nome de Alves seria, de fato,
natural para comandar a Casa.
A Câmara escolhe nesta segunda (4) o sucessor do petista Marco Maia. São quatro os candidatos à cadeira de presidente: Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Rose de Freitas (PMDB-ES), Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSOL-RJ). Num colégio de 513 votos, vencerá quem obtiver pelo menos 257 votos. Se a marca não for atingida no primeiro round, a disputa vai ao segundo turno.
Favorito, Henrique Alves desfilou seu otimismo num jantar de sábado, oferecido por Danilo Fortes (PMDB-CE), e num almoço de domingo, servido por Luís Pitiman (PMDB-DF). Gole vai, mordida vem, estimou que terá entre 380 e 400 votos. A votação é secreta. Juntos, os 16 partidos que formalizaram apoio a Henrique somam algo como 460 votos.
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