Como esperado, o
Senado elegeu nesta sexta-feira Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência da
Casa, com apoio do Palácio do Planalto, apesar das denúncias que recaem sobre o
senador.
Também nesta sexta, o procurador-geral
da República, Roberto Gurgel, confirmou que Calheiros é acusado de ter
praticado três crimes: peculato, falsidade ideológica e utilização de documento
falso, informa a Agência Brasil.
O documento com as denúncias foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada.
Segundo Gurgel, os delitos foram cometidos quando Calheiros usou a verba de representação de seu gabinete para fins não previstos em lei. "Ele comprovou isso com notas frias. O serviço, na verdade, não foi prestado, por isso caracteriza peculato", afirmou o procurador.
Calheiros, que já fora reeleito presidente do Senado em 2007, foi acusado na época de ter suas despesas pagas pelo lobista de uma empreiteira. Deixou a presidência da Casa, mas foi absolvido.
Nesta sexta-feira, ele recebeu 56 votos de seus colegas, contra 18 votos dados a Pedro Taques (PDT-MT) e 4 brancos e nulos.
Em discurso antes da votação, Calheiros defendeu "a modernização da legislação brasileira", disse que sua gestão almeja a "transparência ampla" e afirmou que "a ética é o compromisso de todos nós (no Senado)".
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