PARADOXO
Você, jovem estudante, idealista ou normais, moços, maduros e idosos ainda vão ver muitas vezes em slides, um show de imagens. (!). Repetidas imagens de crianças famintas na África, na Ásia, nas Américas. Imagens apelantes, seres humanos com a pele sobre os ossos, sem tecidos. Os mosquitos sobre as cabeças, as lágrimas e remelas nos olhos pálidos e amarelados. E os slides ou cenas continuam, um trabalho feito por governos capitalistas, democráticos e até religiosos. E as imagens continuam, comunidades inteiras, famintas, a pobreza específica.
Revemos essas imagens durante anos e serão ainda muito repetidas durante décadas na mídia capitalista: Discovery Chanel, nos concursos de fotos, na National Geographic. As imagens da miséria que envergonham os seres humanos. Comoventes, servem até como entretenimento confortante ... se o pão de cada dia ainda temos, amém! Algumas tão nítidas, sensibilizantes que se tornam objetos de arte em albuns da fama. São essas imagens fortes que sensibilizam e até servem para motivar e criar plataformas de governo. Servem também para agitar movimentos sociais, empunhados galhardetes de cores vivas simbolizam entidades e ONGs.
Proporcionalmente, seja nos igarapés do Pará, nas comunidades do Maranhão ou nos sítios da região central do Rio Grande do Norte, a miséria ainda perdura, sensibiliza pela falta de oportunidades, pela falta d’água ou das ações governamentais específicas. Os projetos existentes são divulgados na mídia com euforia sofismada e servem como controle ou manejos. Como se fossem animais dóceis, assemelhados e reconhecidos as vezes como sendo da mesma espécie por cínicas encenações da arrogância.
Ano a ano, década a década os políticos discutem o que fazer para melhorar a qualidade de vida dessas regiões sem oportunizar o pontencial do capital. E a desigualdade continua, as estatísticas são feitas com sentimentos e promessas esperançosas. Até cálculos são feitos, já falaram que se houvesse uma mobilização das nações mais poderosas com 40 bilhões de dólares resolveria o problema da fome no mundo e essas populações teriam identidades.
Mesmo com todo pessimismo que seja o dobro, o triplo, necessitaria de 120 bilhões de dólares. Aí então o mundo seria mais justo. Enquanto se teoriza, as idéias em devaneios, numa semana, líderes dos paises mais ricos do mundo reunidos tiraram dos cofres que se dizem privados (!) a importância de 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia: Bancos e investidores! Sem sentido econômico ou capitalista reconheço meu Ponto de Vista: um Paradoxo!
Dutra Assunção
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