Vira-casacas espelham e inspiram muita gente
Daqui pra frente a história não vai ser diferente. Temos sim, que aprender a ser gente, ainda lúcidos entendemos perfeitamente as necessidades ou a ira adoçada dos vira-casacas. Começa o novo ciclo, que não seja mensal, talvez até mais longo, bienal, trienal, até mesmo qüinqüenal ou surpreendentemente aqueles alongados que pareciam ser vestígios de lealdade, mas que simplesmente é o final do ciclo dos apojados. E de repente chega o desmamo, já famintos com as premissas de uma nova gestação, secará o ubre, aí então, os casacasviram (como se fossem vírus), fazem de tudo, parecendo langanhos em fluxo e refluxo sem posicionamentos, sem ideologias e sem conceitos, trocam de lados a busca de novos colostros.
Norte a sul ou este a oeste, em movimentos pendulares, as vezes subindo e descendo como gangorra, de pesquisa em pesquisa, gente trocando de apoio de acordo com o grelhado oferecido, alguns de óculos escuros, sem cores, sem bandeira. O interesse é testado pelo valor real ($) estipulado ou oferecido, pelo passe, como jogador em jogo sujo, contrato provisório de sufrágio em sufrágio.
Surpresas vão acontecer, principalmente na disputa, Zé Agripino, Garibaldi e Wilma. Em cadeia, como se fosse um forte vírus atingirá os municípios e os vira-casacas interioranos surgirão com argumentos exemplificados de seus mestres corruptidos com avais dos doutorados. No Rio Grande do Norte são três ex-governantes de estado, vastos currículos, serviços prestados, muitos apadrinhamentos, muitas cobranças serão feitas. Com honradez temos a liberdade de escolha, tudo depende do meu, do seu, do nosso voto. Tente cortar o arreio daqueles que estão do lado esquerdo da ordenha, oportunize até mesmo aos rebentos chegarem ao lado direito, lá estarão tetas ruburosas, receptivas a manipulação da possível honestidade que poderia ser progressista.
Analise criteriosamente o primeiro e o segundo voto, cuidado pra não estragar ou mesmo contaminar os dois. A inteligência o guiará para a escolha, que seja democrática e com sabedoria. Sua decisão, que seja única lhe dará a condição de estufar o peito e dizer: aqui ninguém me influencia. Aqui eu decido. Acima dos favores, gratidão, barganha, vantagens e laços motivantes está o exercício de sua cidadania.
Seja discreto, secretamente faça uma opção consciente, verificando o que será melhor para o Estado, para a sua cidade, para a coletividade. O bem comum deve estar acima de todos os interesses, não fique só no individual, pra não ser confundido com os vira-casacas de ocasião, oportunistas de sempre, gente acostumada ao engodo, negociadores dos seus problemas e interesses.
Cuidado com os intermediários, não escute qualquer um, interprete todos, decida por intuição própria, participe do processo como se analista e militante fosse. Essas condições vão lhe proporcionar o direito de uma resposta positiva ou não. Verifique se é da sua confiança, não entregue seu voto a troco de qualquer bate ombro, sorriso amarelo ou aos portadores de amigos. Se errar na escolha somente quatro anos depois poderá corrigir. Se acertou parabéns a todos, agora analise a nova situação, a nova realidade. Exerça a sua cidadania!
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