Jornalista Walter Medeiros discursando na Câmara Municipal de Mata Grande
“Cabe agora corresponder a esta
deferência tão simpática e amável do povo de Mata Grande, agindo como cidadão
matagrandense e procurando jamais decepcionar nem trair tamanha confiança que em
mim é depositada neste momento”. Estas palavras fazem parte do discurso que o
jornalista Walter Medeiros proferiu na Câmara Municipal de Mata Grande, cidade
situada no alto sertão de Alagoas, que lhe concedeu o título de Cidadão
Matagrandense, entregue no dia 12 de novembro de 2012.
Walter afirma que “Para mim é motivo de
imenso orgulho ostentar este Título e dizer para o mundo inteiro que no sertão
do nordeste brasileiro um município tão singular me concedeu esta honraria. Mas
isto seria apenas a minha manifestação festiva. Cabe mais do que isto. O mundo
precisa saber das qualidades que Mata Grande tem”.
“Uma das maiores satisfações da minha
vida foi receber o Ofício nº 14/2011, assinado pelo Excelentíssimo Senhor
Presidente da Câmara Municipal de Mata Grande, vereador Samyr Malta Amaral,
comunicando-me a aprovação em plenário da proposta de concessão a mim do Título
de Cidadão Matagrandense”, continua. A justificativa era de que, segundo o Sr.
Germano Mendonça Alves, o jornalista homenageado teria feito “importantíssimo
trabalho de divulgação do município de Mata Grande através de escritos”.
Lembrava Germano, em seu documento, que Walter viveu sua infância na Rua 5 de
Julho e, embora potiguar, ama Mata Grande, que nunca
esqueceu.
Na instrução do processo, novas
surpresas, como uma declaração de apoio àquela propositura por parte do
matagrandense José Freitas. E maior surpresa ainda quando tomou conhecimento da
aprovação do Título, que considera o mais honroso para qualquer
cidadão.
“Volto a Mata Grande mais feliz. Agora
chamado pelos seus dignos representantes para receber tão alta honraria, o
Título de Cidadão Matagrandense. Homenagem que é dada a poucos e que não
esperava, apesar de todo sentimento que sempre demonstrei por esta terra”, diz
ainda o jornalista. Segundo ele, “O simples caminhar por estas ruas, por estas
serras, por suas estradas, já bastava para mim. Bastava, para mim, no meu
memorável olfato, o cheiro forte, inigualável e inesquecível do melão Caetano,
que encontrava pelas cercas no caminho da fonte. Bastava-me rever a sombra do
aveloz e a torre da Igreja, tão alta e protetora dos nossos passos e
aspirações”.
Em seu discurso Walter afirma que o
tempo passou novamente, fazia tempo
que não via Mata Grande, e parecia que aquela vontade de voltar aumentava. Em
cada mensagem que recebe pela internet, em cada fato que a natureza coloca no
seu caminho. “Parece que tudo leva a fazer real aquela frase de pára-choque que
nosso vizinho João Leobino tinha no seu caminhão, há cinquenta anos: “A SAUDADE
ME FEZ VOLTAR”.
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