sábado, 3 de novembro de 2012

O ANTES E O DEPOIS - TRAÇOS POÉTICOS - DUTRA ASSUNÇÃO

                               O ANTES E O DEPOIS


Em poucos meses o contraste é visível no sertão nordestino. Nada foi maquiado. A transformação segue à risca as intempéries da natureza.
O ANTES AQUI - REPRESENTA O HOJE:
Açudes secos ...
Flora e fauna sentidas,
A vida sofrida,
O verde sem cor!
As cores perdidas,
A alma dolor ...
O sorriso cinzento,
O cacto sem flôr.


O DEPOIS AQUI - EXPLODE A VIDA:

Águas barrentas ...
Sangrias a limpar,
A vida explodindo,
O sodoro a florir!
A terra molhada ...
A vida porvir,
Sementes plantadas,
A esperança chegada.
 
O ANTES E O DEPOIS
Dutra Assunção 
Natal, 04/11/2012

Açudes secos ...
Flora e fauna sentidas,
O verde sem cor!
As cores perdidas,
A alma dolor ...
O sorriso cinzento,
O cacto sem flôr.


Águas barrentas ...

Sangrias a limpar,
A vida explodindo,
O sodoro a florir!
A terra molhada ...
A vida porvir,
Sementes plantadas,
A esperança chegada.

Um comentário:

  1. Caro amigo Dutra Assunção,
    Destaco nessa postagem, entre outras reflexões, além da leitura das imagens, duas palavras: Vida e Esperança.
    Observar as consequências da seca, nos remete a uma análise sob a ótica especialmente dos aspectos sociais e econômicos.
    Quando você usa as palavras: A vida sofrida,
    nos permite pensar não só na espécie humana, como na animal e na natureza.
    Ressalto o nosso saudoso Luiz Gonzaga quando revela essa realidade nos trechos a seguir,

    “Por farta d'água perdi meu gado
    ...
    Inté mesmo a asa branca
    Bateu asas do sertão
    "Intonce" eu disse, adeus Rosinha...”

    É notório aí, que além da “vida sofrida”,
    Há também uma grande esperança em dias melhores,
    Retratado na aflição do homem em migrar devido a falta de condições que garantam sua sobrevivência,
    Já aqui no seu texto, esta esperança é demonstrada com a expectativa depois das plantações. Me chamou atenção ainda,
    “Águas barrentas ...
    Sangrias a limpar,”
    Seria a chuva em seu vasto sentido, um expurgador de mazelas?
    Como sempre, provocastes uma excelente reflexão. Parabéns!
    Josilene Guimarães.

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