RASCUNHOS (IV) – NA MADRUGADA
Ao alvorecer,
Diante de todo o silencio
Lá fora os pássaros gorjeiam
Ao passo que em minhas lembranças vejo a
sua imagem.
Lembro aquele primeiro instante que nos
encontramos
Uma ansiedade disfarçada pela curiosidade
de te ouvir,
De te conhecer.
Deliciosamente recordo o momento
Em que senti suas mãos acariciando e
aquecendo as minhas;
Em que ao olhar nos teus olhos
Bateu um desejo de chegar mais próximo.
Recordo ainda, que por medo de está agindo por impulso
Evitei corresponder aquele gesto,
Uma vez que a vida me ensinou que o
encantamento, a alegria, a lealdade,
Entre outros, são apenas fragmentos do amor.
E o amor para se consolidar
E o amor para se consolidar
Requer mais paciência
E não necessariamente vínculos imediatos.
Na ocasião, como cúmplice o café exalava um
cheiro
E uma temperatura que talvez
propositadamente
Complementava o seu calor
o qual eu me recusava a ser receptivo.
Autor(a): Miosótis do Sertão
Santana do Matos - 07/01/2013
Santana do Matos - 07/01/2013
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