sábado, 14 de agosto de 2010

SÃO JOSÉ DE MIPIBU INTEGRA O COMITÊ GESTOR DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA)

Devastação da mata atlântica - Foto ilustrativa na internet

Prefeitura de SJM presente a reunião no IDEMA para a criação do Conselho Gestor da APA do Bonfim

A prefeitura de São José de Mipibu será uma das integrantes entre as instituições participantes do comitê gestor da Área de Proteção Ambiental(APA), Bonfim Guaraíras. Esta foi a principal conclusão da audiência pública promovida pelo Instituto de Desenvolvimento e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA), realizada na manhã de quinta-feira, 12 de agosto, em Natal, da qual participaram representando a prefeitura mipibuense o prefeito em exercício, José Arízio Fernandes, o chefe de gabinete, João Maria Freire e a Secretária de Turismo e Meio Ambiente, Magna Barreto.

Em várias exposições dos técnicos do IDEMA foi possível constatar por meio de fotografias aéreas recentes o grande problema da devastação ambiental no trecho que compreende os municípios de Natal, Parnamirim, São José de Mipibu, Nísia Floresta, senador Georgino Avelino, Goianinha e Tibau do Sul. Criada recentemente, a APA, que visa estabelecer ações preservacionistas, terá um Conselho gestor formado por representantes dos municípios abrangidos.

Segundo João Gotardo Emerenciano, diretor do IDEMA, uma nova reunião será realizada em setembro, já para a escolha dos representantes do Conselho, que terá uma sede fixa, em fase de construção pelo Governo do Estado.

“Fiquei estupefato com o nível de degradação do meio ambiente, sobretudo na região costeira, próxima ao nosso município. Conforme explanação dos técnicos do IDEMA, essa degradação, de uma forma ou de outra acaba afetando a todos nós, sobretudo o lençol freático. No que estiver ao alcance da prefeitura mipibuense de tudo faremos para colaborar na preservação do que ainda resta e na recuperação das áreas degradadas”, disse o prefeito em exercício José Arízio Fernandes.
(Reportagem: João Maria Freire)

Adendo do Blog:
Mata Atlântica.

Já foi a grande floresta costeira brasileira. Ia do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Em alguns lugares adentrava o continente, como no Paraná, onde ocupava 98% do território Paranaense.

Era também o mais rico bioma brasileiro em biodiversidade. Ainda é em termos de Km². Hoje é o mais devastado de nossos biomas. Restam aproximadamente 7% de sua cobertura vegetal. São manchas isoladas, muitas vezes sem comunicação entre si. Há quem fale em apenas 5%.

A Mata Atlântica é o exemplo mais contundente do modelo desenvolvimento predatório desse país. Foi ao longo dele que se saqueou o pau Brasil e depois se instalaram os canaviais, tantas outras monoculturas, além do complexo industrial. Quem vive onde já foi esse bioma muitas vezes nem conhece seus vestígios, tamanha sua devastação.

O Bioma Mata Atlântica ocupa 1.110.182 km², ou seja, 13,04% do território nacional. Cobre inteiramente três estados - Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina - e 98% do Paraná, além de porções de outras 11 unidades da federação.

Aproximadamente 70% da população brasileira vivem na área desse bioma, perto de 120 milhões de pessoas. Por mais precarizado que esteja, é desse bioma que essa população depende para beber água e ter um clima ainda ameno.

Nota do Blog:

O Jornal Cajarana já publicou matéria sobre o bioma "caatingas" do nordeste brasileiro, detalhadamente falando das queimadas, denunciando com argumentos e fotos a retirada das juremas da região de Santa Maria e São José da Passagem, comunidade e distrito do  município de Santana do Matos no Rio Grande do norte. Material esse transportado para fazer carvão no Ceará. Nada foi feito e continua o crime sendo praticado com conhecimento e vistas grossas dos governantes locais. Tenho expectativas positivas quando vejo um prefeito preocupado e participativo em tomar conhecimento e canalizar ações para combater esses tipos de crime ambiental.


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