Já
começa a ser percebida nas ruas, deverá ter reflexos nas urnas, está se
cristalizando com firmeza na mente dos brasileiros: a ideia de um país sem
corrupção ou com tolerância mínima a essa prática. O sentimento de resistência
brota como reflexo das decisões que vêm sendo tomadas no âmbito do Supremo
Tribunal.
A poucos dias de suas conclusões finais, com boa parte dos réus já
condenada, não há mais dúvida de que o julgamento do mensalão estabelece um
divisor de águas importante na conduta da política e, por que não dizer, das
práticas corporativas nacionais. Com a jurisprudência criada nesse caso, muitos
outros devem ser revistos.
À luz das conclusões tiradas dali, defesa e acusação mudam a forma de atuar em processos que envolvam, por exemplo, o que até então era chamado de caixa 2. Um sutil, mas firme, movimento de inibição dos malfeitos, por quem quer que seja, deverá ocorrer. A grande batalha da Justiça contra a política errônea, contaminada por abusos do poder, esquemas e mutretagens de toda ordem, trouxe enfim um saldo bom. Roubou-se a largo e indiscriminadamente, por anos a fio, concluíram os juízes. Mas agora isso terá uma resposta à altura. Tome-se o caso do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu. Pelo que se depreende das análises dos primeiros magistrados a julgá-lo (três a um no placar parcial de votos) ele caminha para o cadafalso. Segundo o relator, Dirceu não hesitou em comandar o covil de quadrilheiros e orientar sua rede de desvios. Em assim se confirmando, o ex-ministro – pela condição que tinha de segundo mais importante homem da República à época que ocupava o cargo – vira o emblema do supremo ardil criminoso ali montado, mentor de uma refinada arquitetura de rapinagem que sangrou os cofres públicos em benefício de interesses partidários. Nas palavras do juiz Joaquim Barbosa, Dirceu esteve “em posição central, de organização e liderança, como mandante das promessas de pagamentos”. É fato que a política adoeceu pela podridão da conduta de muitos dos seus representantes e que o establishment acostumou-se a assaltar a verdade acomodando ou disfarçando tais lambanças. Mas a lei e seus condutores estão tratando de aplicar uma injeção de ânimo naqueles que sempre acreditaram na justiça final.F: Carlos José Marques
À luz das conclusões tiradas dali, defesa e acusação mudam a forma de atuar em processos que envolvam, por exemplo, o que até então era chamado de caixa 2. Um sutil, mas firme, movimento de inibição dos malfeitos, por quem quer que seja, deverá ocorrer. A grande batalha da Justiça contra a política errônea, contaminada por abusos do poder, esquemas e mutretagens de toda ordem, trouxe enfim um saldo bom. Roubou-se a largo e indiscriminadamente, por anos a fio, concluíram os juízes. Mas agora isso terá uma resposta à altura. Tome-se o caso do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu. Pelo que se depreende das análises dos primeiros magistrados a julgá-lo (três a um no placar parcial de votos) ele caminha para o cadafalso. Segundo o relator, Dirceu não hesitou em comandar o covil de quadrilheiros e orientar sua rede de desvios. Em assim se confirmando, o ex-ministro – pela condição que tinha de segundo mais importante homem da República à época que ocupava o cargo – vira o emblema do supremo ardil criminoso ali montado, mentor de uma refinada arquitetura de rapinagem que sangrou os cofres públicos em benefício de interesses partidários. Nas palavras do juiz Joaquim Barbosa, Dirceu esteve “em posição central, de organização e liderança, como mandante das promessas de pagamentos”. É fato que a política adoeceu pela podridão da conduta de muitos dos seus representantes e que o establishment acostumou-se a assaltar a verdade acomodando ou disfarçando tais lambanças. Mas a lei e seus condutores estão tratando de aplicar uma injeção de ânimo naqueles que sempre acreditaram na justiça final.F: Carlos José Marques
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