Estava assistindo o Band News há pouco e ouvi
uma antiga “cara pintada” com destaque no movimento que culminou com a expulsão
de Collor da presidência, dizer que, apesar de não ter um cargo eletivo, tem
sim atuação política. Ela está sempre presente nos movimentos de caráter
econômico que dizem respeito ao empreendimento que administra, uma pizzaria e,
que tem preferência por questões ligadas à manutenção e limpeza de praças públicas.
Uma
atuação política não precisa necessariamente passar por um cargo governamental,
um mandato ou presença em passeatas e protestos em geral. Na verdade, até as
omissões, são gestos políticos. No meu caso, sou muito cobrado por várias
pessoas, no sentido de encarar uma eleição. Confesso nunca ter sentido nenhuma
atração por isso. Acredito que me tornando um vereador, deputado, senador, ou
seja lá o que for, vou perder minha energia, meu potencial criativo e
disposição para servir ao próximo sem interesses, entrando num turbilhão de
compromissos diversos, desde pessoais até partidários, que terminam minando
toda a vitalidade das pessoas, empurrando-as para lugares perigosos e
complicados.
É
claro que muitos conseguem navegar no mar turbulento dos parlamentos e dos
governos em geral, mantendo incólumes os seus valores humanos. Aplausos para
eles. No meu caso, é pura incompatibilidade mesmo com paletós, conversas
demais, discursos demagógicos e muita hipocrisia.
Sempre
fui prático e independente. Sai cedo de casa para morar só e, costumo decidir
muitas coisas rapidamente. Enveredei pelo caminho social e, isto, claro, é uma
atitude política. Dedico boa parte do meu tempo para conseguir coisas diversas
para outras pessoas, sem ganhar absolutamente nenhum recurso financeiro e, sem
querer nada em troca. Isso é uma posição política. Isso é a minha maneira de
atuar na sociedade, buscando ajudas em vários setores, não precisando para isso
ter um cargo ou um mandato.
Todos
nós devemos ter uma posição política. Seja de qual natureza ou tamanho for. A
simples ação de pegar uma sujeira no chão é um ato político, uma decisão
pessoal de deixar a cidade mais limpa para o coletivo. Uns avançam, vão mais fundo,
passam a ajudar cada vez mais, mesmo que isso não culmine em alguma recompensa.
Outros ocupam espaços e, dentro deles, tomam posição pelo coletivo, sendo
estes, os políticos que queremos e, que torcemos para que um dia possam ser
maioria.
Infelizmente, em todo o planeta, algumas pessoas tem atuação política
mesquinha, pessoal, equivocada, colocando suas convicções religiosas ou
financeiras acima de tudo, como está ocorrendo em vários países, provocando
grandes problemas que podem até estremecer o equilíbrio planetário.
De
minha parte continuarei tendo atuação política da maneira que ela me faz bem,
com meus próprios recursos e a ajuda de amigos e empresas, além de eventuais
convênios públicos, com minha boa vontade de servir, pois, assim, me sinto mais
livre de tantos compromissos e reuniões, para dedicar o precioso tempo para
ações humanitárias que efetivamente acontecem e que pertencem ao mundo real.
Enquanto milhões de reuniões e cafezinhos rolam em intermináveis debates, livre
destas amarras resolvo a meu modo diversos problemas e, vou fazendo com ajuda
de um time valoroso de voluntários, a diferença na vida de muitas pessoas.
A
nossa política tem sido essa, amar a todos, servir a todos e fazer o bem sem
olhar a quem. Para ela não precisamos de votos, só da ajuda dos amigos, afinal,
sonho que sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto
é realidade.
A
Casa do Bem é uma realidade e, no seu parlamento cotidiano, elegemos inúmeras
pessoas para que possam ter mais alimentos, saúde, educação e lazer em suas
vidas.
F: Flávio Rezende
Escritor e Jornalista
Escritor e Jornalista
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