O senador José Agripino (RN) votou a favor
da medida provisória (MP) da Alfabetização na Idade Certa, aprovada nessa
terça-feira (26) pelo Senado, mas criticou a idade estabelecida pela MP.
Segundo o parlamentar do Rio Grande do Norte, fixar como meta a alfabetização
da criança apenas aos oito anos de idade é uma espécie de “revolução para trás”.
A MP 586/2012, que já tinha sido transformada no projeto de lei de conversão
(PL) 2/2013 na Câmara, segue agora para sanção presidencial.
Foto: Mariana Di Pietro
Foto: Mariana Di Pietro
“Não posso e
jamais votaria contra a educação, mas uma criança tem que chegar aos cinco anos
alfabetizada e era para isso que o Brasil deveria estar caminhando”, afirmou
José Agripino. “Quando fui prefeito de Natal, aprendi a governar com pessoas
especiais como o padre belga chamado Tiago. Ele me ensinou que educação se
começa pelo Jardim de Infância. Alfabetizar aos oito anos é uma meta de quarto
mundo”, criticou.
O senador apoiou emenda do vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), para tentar alterar ao menos de oito para seis anos a idade prevista para a alfabetização dos estudantes. Mas a medida foi derrubada pela maioria. O PL aprovado prevê apoio técnico e financeiro da União a Estados e municípios para garantir a alfabetização dos alunos da rede pública até os oito anos de idade, por meio do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.
O líder do Democratas afirmou que o segredo de um país rico e competitivo é investir na educação e, segundo o parlamentar, o Brasil está andando na contramão nesse quesito.“É obrigação de quem faz política perseguir a educação como uma necessidade para o país. Talento, criatividade o brasileiro tem de sobra. O que não podemos fazer é dar aos jovens brasileiros alfabetização somente aos oito anos, que para mim é atemorizante”.
F: AssCom
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