Ao comentar a situação da seca que vive o
Nordeste brasileiro, e mais especificamente o seu Rio Grande do Norte, o
senador José Agripino (RN) criticou a falta de ação do governo federal frente à
aflição que vive a região nordestina. “O quadro no meu estado é de extrema
aflição, de desespero. O ganha-pão das pessoas está indo embora, mas existe uma
completa insensibilidade do governo federal em relação ao tema. Age como se o
Nordeste estivesse nadando de braçada”, criticou o parlamentar potiguar.O senador lembrou que na época em que foi governador do Rio Grande do Norte suspendeu todas as obras que estavam sendo construídas no período de seca para comprar alimento para a população. “Em tempo de seca eu parava tudo o que era obra e o dinheiro era para aplicar na emergência. Eu parava tudo e comprava alimento para fazer com que os mais pobres tivessem sustento. Até hoje o povo do meu estado se lembra do tal feijão de ‘Jajá’”, ressaltou Agripino.
Segundo o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o governo federal editou por meio de medidas provisórias (MPs), para os anos de 2012 e 2013, R$ 3,1 bilhões para o combate à seca. Até agora, foram gastos apenas R$ 1,6 bilhão, ou seja, 53% do valor. Por falta de planejamento e excesso de burocracia, o país perdeu R$ 379 milhões do total reservado por meio das MPs por não terem sido empenhados na data certa.
“Vivemos uma seca sem precedentes. É mais um ano de estiagem que está fazendo com que o gado morra de fome e as pessoas passem necessidade. É preciso que o governo abra os ouvidos e chegue lá”, disse Agripino. “Estive recentemente em Currais Novos, Caicó, Pau dos Ferros e Mossoró, o quadro de seca é de extrema aflição. Eu trago a Brasília - e peço aos governadores e prefeitos que também o façam - a dureza de uma situação que no meu estado é drástica”, frisou.
F: AssCom
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