Consórcios, a pasta preta dos maus exemplos
Parecendo uma solução para o caos da saúde, os municípios do Rio Grande do Norte agora fizeram adesão a um consórcio de saúde, um consórcio público, ora pois, pois. E de fato e de direito, o cidadão agora vai ter uma assistência (um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) SAMU, com estatuto e tudo. Ambulâncias em todas as regiões do Estado equipadas com serviços de unidade de tratamento intensivo (UTI), coisa de primeiro mundo. É brincadeira não!? Tratando-se de saúde pública no país, no estado do Rio Grande do Norte parece mesmo uma piada ou mesmo pegando de leve uma utopia. Muita grana vai rolar e o povão na ilusão a telefonar para o 192.
Não tenhamos dúvida, uma iniciativa, até certo ponto viável para os países de primeiro mundo, onde tem estradas, cidadania, políticas públicas e punição para corruptos. Tenhamos dúvidas quanto a eficiência da premiação oferecida aos consorciados. Não seriam prêmios ou benefícios das inovações trocando seis por meia dúzia ou sendo mais cético que os pacientes não cheguem aos atendimentos adequados em corpos fétidos para necropsias antecipadas.
Não existe consistência ou aplicação prática desse serviço nos recôncavos de pobreza dos nossos municípios. Tanta verba poderia ser aplicada nas infra-estruturas hospitalares que estão sucateadas. Não acreditamos mais em planos, programas e projetos em véspera de eleição, ainda citando, despesas fracionadas do real, subestimando assim, a inteligência dos cabeças chatas.
Mas sejamos otimistas, ainda confio nos médicos de cada município deste Estado, nas suas limitações e decisões que tomam profissionalmente. Para encaminhamento de emergência numa cidade do interior, ainda é bom senso, pegar o primeiro veículo que dispunha a prefeitura e tomar rumo norte as referências hospitalares da capital. Caso encontre uma UTI ambulante é mera coincidência, seguro morreu de velho e consórcio de saúde é a morte parcelada.
Mas sejamos otimistas, ainda confio nos médicos de cada município deste Estado, nas suas limitações e decisões que tomam profissionalmente. Para encaminhamento de emergência numa cidade do interior, ainda é bom senso, pegar o primeiro veículo que dispunha a prefeitura e tomar rumo norte as referências hospitalares da capital. Caso encontre uma UTI ambulante é mera coincidência, seguro morreu de velho e consórcio de saúde é a morte parcelada.
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