Ademar Macedo - El trovador da sierra Madre
Ouvindo as Mães
Autor: Macedo, Francisco Neves
A mulher quando mãe, é quase santa
E hoje parei pra ouvir a sua voz,
o seu dia é também de todos nós
e por ela o nosso amor se agiganta
como que inda escuto da garganta
de cada uma, um grito de aflição.
Essas vozes que ouvi com o coração,
eram todas de amor ao filho amado,
neste mundo tão louco, ameaçado,
por homens maus, sedentos de ambição.
Ouvi de todas as mães, em sintonia,
as suas vozes cheias de amor,
mais que vozes... São seus gritos de dor,
que ressoam em mim , neste seu dia:
Eu sou a mãe que vive uma agonia,
de ver um filho meu esquartejado
e de outro, pelas ruas, arrastado,
cada crime mais torpe e mais cruel,
por isto minha voz exala o fel
de ver tanto bandido inocentado.
Eu sou a mãe de um índio, que sem sorte,
foi dormir sob o céu, mirando a lua,
leito de pedra, um banco de uma rua,
sem um lar que servisse de suporte.
Bandidos, decretaram a sua morte,
incendiando o seu corpo já sofrido
e acharam tudo muito divertido,
contando com os “Direitos Humanos”.
Só as vítima não entram nestes planos
pois só tem mídia a defesa dos bandidos.
Sou mãe, que o coração, já não suporta,
sou a mãe, de uma mãe que mata a filha,
mãe de maus juízes: A camarilha...
de sentenças, que o povo não suporta,
para uma filha esquartejada e morta,
para outro filho, morto num assalto,
sou mãe com o coração em sobressalto,
que tem medo da rua e dos quartéis,
das leis, dos políticos, bacharéis,
financiados por gangues do asfalto.
Sou a mãe, cuja voz você conhece,
que guarda cada filho no seu peito...
- Olha filho! Este mundo inda tem jeito
só depende de Deus e muita prece.
Só pelo amor o milagre acontece
ore a Deus, peça com perseverança.
O futuro de pende da criança.
Mudança, enquanto mãe, eu não descarto,
pois enquanto houver mãe disposta ao parto,
haverá neste mundo uma esperança!...
Autor: Macedo, Francisco Neves
TROVAS
Num rasgo de amor profundo,
Deus, – sublime Criador –
criando a Mãe, mostra ao mundo
toda grandeza do Amor!
Autor(a): (Ivone Prado/MG)
Trova Potiguar:
tão angelicais teus traços...
que a vida tem mais encanto
na doçura dos teus braços!
Autor(a): Mara Melinni/RN
Uma Trova Premiada:
1991 - Nova Friburgo/RJ
Mãe, por mais que eu me concentre
na importância do que faço,
não esqueço que teu ventre
foi o meu primeiro espaço!
Autor(a): Almerinda Liporage/RJ
Uma Poesia:
UM DIA...O ADEUS....
Com a Mãe por perto
quase tudo está perfeito...
Basta a sua Presença.
O tempo corre sem pressa
e a vida segue normal.
No amanhã nem se pensa.
Mas um dia... O Adeus...
O mundo desaba.
Para o infinito ela parte
escancarando
as porteiras
da saudade...
Autor(a): Analice Feitoza de Lima/SP
“Uma Trova santanense”
A Mãe guarda tanto amor
que não encontra empecilho
para ocultar sua dor,
em respeito a dor do filho...
Autor: Ademar Macedo
Santana do Matos/RN
...E Suas Trovas Ficaram:
Sua cruz que eu sei, pesada,
minha mãe leva sozinha.
Mesmo assim, velha e cansada,
Mãe tem uma alma sensata
e um coração que não finge,
grosseria não lhe atinge
onde a paz se consolida;
ajuda a levar a minha.
Autor(a): Lilinha Fernandes/RJ
Estrofe do Dia:
Mãe tem uma alma sensata
e um coração que não finge,
grosseria não lhe atinge
ingratidão não lhe mata;
filho ruim e filha ingrata
trata tudo com amor,
seu conselho é um primoronde a paz se consolida;
toda mãe é parecida
com a Mãe do Salvador.
Autor(a): Geraldo Amâncio/CE
Soneto do Dia:
Padecimento materno
A mãe, ao vê-lo, não contendo o pranto,
refuta as regras que o destino emprega;beija-lhe a fronte, a face, as mãos e agrega
reminiscências contra o desencanto.
Mas, outra lágrima a desassossega...
Abraça o filho com ternura e, enquanto
entre murmúrios diz que o ama tanto,
bimbalha o sino decretando a entrega.
Inconformada, aos céus, faz um clamor:
“Meu Deus! Meu Deus! Privai-me desta dor...
Sem o meu filho a vida pouco importa!”
Naquele instante, cessa-lhe a amargura:
seu corpo tomba sobre a sepultura
e junto ao filho ela repousa...morta.
Autor(a): Maurício Cavalheiro/SP
Fonte: Acervo cultural em arquivo enviado pelos irmãos
poetas Ademar Macedo e Chico Macedo.
Poetas santanenses
Fonte: Acervo cultural em arquivo enviado pelos irmãos
poetas Ademar Macedo e Chico Macedo.
Poetas santanenses
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