segunda-feira, 29 de novembro de 2010

SUBIDA AO MORRO DO ALEMÃO NO RIO PELOS MILITARES SERVIU DE TREINAMENTO PARA OCUPAR AS FRONTEIRAS DO PAÍS


Militares no alto do morro do Alemão no Rio relembra Monte Castello em 1945 na Itália

Alto do Complexo do Alemão -  um Monte Castello urbano

Comparações a parte, perante as manchetes de hoje em todo o país. O perigo exposto, a vergonha exposta pelo Estado incapaz de atacar as origens dos problemas, só agindo ante o caos social, e, não é de ontem esse quadro, as molduras retratam a triste realidade de nosso povo, pintada em preto e branco em todo o país com lembranças, injustiças e perdas irreparáveis de muitas famílias brasileiras - que as ações e os aparatos militares não recompõem.

Um estado bio-psíquico/social deixado ao povo pelo risco constante do dia a dia em todo o país pela falta de segurança, repassando impotência e condições vulneráveis. Desgastados sentimentos pátrios, ainda repostos quando o socorro vem pelas Forças Militares do país.

O aparato de guerra no Rio de Janeiro contra o tráfego de drogas nos deixou estarrecidos e envergonhados. Imagino os momentos de desespero vivenciados por aquelas pessoas moradoras na localidade do Complexo do Alemão na cidade maravilhosa. A presença dos militares desmantelando o poder paralelo naquela localidade, nos deixa reflexivos e portadores de muitas indagações:

Seria um presente de Natal oferecido pela inteligência do sistema, devolver o Estado de Direito, determinando que a polícia militar ocupe os morros retomando as condições de controle e moradia do local dominado pelos marginais?

Logo mais voltam para casa os militares em missão. O povo pergunta: E as nossas fronteiras onde entra livremente a droga, vão permanecer desguarnecidas?

O tráfego vai acabar ou diminuir? Ou retomam o controle para que a situação sirva de instrumentos para futuras ações onde recebem o aplauso do povo?

Em um país continental, emergente, vislumbrando progresso e assentos ao lado das grandes potências, por que perduram dúvidas quanto a necessidade de termos uma Forças Armadas valorizada, aparelhada, com objetivos determinados na constituição e que as diretrizes e estratégias sejam definidas por profissisonais que analisam, previnem e executem as ações nas origens dos problemas?

Se há um comércio no mundo, tem gente que compra e vende. Outras metrópoles consomem mais drogas do que o Rio de Janeiro, no entanto, nunca existiu uma convocação das Forças Armadas daqueles países para combatê-lo.

Prevenir o consumo é uma complexidade educacional. Isso sim, educacional. E, é conseguida com programas educativos. Temos exemplos no país, o consumo do cigarro caiu significativamente, é um fato observado por todos, foi um resultado de programas, utilizando profissionais em comunicação e saúde pública, onde os próprios usuários jovens foram capacitados a falar sobre as conseqüências de abuso da juventude. Deu certo, eles reagiram e o resultado está aí. Você conhece algum jovem que fuma? Sim! Converse com ele, faça a sua parte.

Voltando a questão das outras drogas que constituem o maior problema do mundo moderno. Combater seu consumo é bem mais complexo do que prender traficantes. A maior eficiência no combate ao tráfico seria a presença efetiva das Forças Armadas nas fronteiras, (por onde entram as drogas no país), programas de educação, emprego e saúde pública.

As opiniões divergem quanto a legalização da droga. O que pesa é sua fiscalização. Não sendo uma solução aceita por todos, mesmo assim, ela traria menos conseqüências do que sua proibição.

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