quarta-feira, 23 de março de 2011

CASO ERENICE: IRREGULARIDADES GRAVES ENCONTRADAS EM CONTRATOS FIRMADOS E INTERMEDIADOS POR MEIO DE INFLUÊNCIA DA EX-MINISTRA

 
Erenice Guerra, em imagem de ago/2010 quando ainda era ministra da Casa Civil 
(Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil)

Auditoria aponta "irregularidades graves" no caso Erenice, informa CGU
Investigação foi concluída após seis meses e será enviada à PF.
G1 procurou advogados de ex-ministra e aguarda resposta.

Seis meses após ter deflagrado investigação sobre as denúncias de tráfico de influência contra a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, a Controladoria Geral da União (CGU) divulgou nesta quarta-feira (23) um balanço da auditoria no qual afirma ter encontrado “irregularidades graves” em contratos firmados pelo governo federal com empresas privadas e entidades, que teriam sido intermediados por meio de influência da ex-ministra.

Sucessora de Dilma Rousseff na Casa Civil da Presidência da República, Erenice Guerra entregou o cargo em 16 de setembro do ano passado, após denúncia de tráfico de influência envolvendo seus filhos. Segundo a denúncia, eles teriam utilizado o nome da mãe para intermediar contratos de empresas privadas com o governo.

O G1 procurou dois advogados de Erenice Guerra - Sebastião Tojal e Mario Oliveira Filho -, mas não tinha conseguido localizá-los até a última atualização desta reportagem. A secretária do primeiro informou que transmitiria o recado a ele. O repórter deixou mensagem na caixa postal do celular do segundo.

Eduardo Ferrão, advogado dos filhos de Erenice, Israel e Saulo Guerra, afirmou que não conhece o relatório da CGU, mas disse ter "convicção absoluta de que tudo o que os meninos fizeram está dentro da legalidade", referindo-se aos clientes.

O resultado do trabalho da CGU, órgão de fiscalização do governo ligado à Presidência da República, será enviado à Polícia Federal, ao Ministério Público e à Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

A controladoria investigou irregularidades na contratação de estudos para projetos de mobilidade urbana pelo Ministério das Cidades, nos contratos firmados pelos Correios com a MTA Linhas Aéreas e no processo de renovação da concessão da MTA, expedida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).


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