Adesões Políticas, uma faca de dois gumes
CRÔNICA - Dutra Assunção
Na política receber adesões é como abrir a porta do ônibus em movimento, ajudar alguém embarcar sem perigo. A prioridade agora é o sentido certo, o rumo norte e a certeza que não é uma canoa furada. Venham! Cabe mais um! Sendo bonzinho fica a gratidão como montante, uma dívida sem compromissos, sem assinatura e não compulsória.
Teoricamente só assim faz cessar os interesses latentes daqueles que chegam de sorrisos amarelos, que entram com o pé esquerdo ou pulando a janela. Antes adversários, agora lado a lado com ou sem motivos questionáveis. Sofismando requerem credenciais ou no mínimo serem reconhecidos como os novos amigos do peito. Alguns assimilarão a senha, outros no máximo terão a clemência como ancoradouro, que se adéqüem como parcelas, tão confiáveis como seja uma vulnerável prova dos nove.
Sejam bem vindos, se acomodem e boa viagem. Adesões em massa nada mudará a personalidade daqueles que têm opiniões formadas. Vale as reflexões, acertos e decisões políticas. Exigidos os objetivos comuns, as diretrizes estão formadas. Seguir e folhear a mesma cartilha se faz necessário para seguir o cruzeiro, uma jornada de atribuições, limitações e cumprimento de tarefas.
Aderir sem interesses, na expressão da palavra significa nobreza de espírito a conformar-se ante aos fatos analisados. Agora uma força maior tenta aproximar os envolvidos como se fosse a carne dependente da pele e vice-versa. Naturalmente o sistema tende a ser fortalecido.
O tempo voa e nada impede que um dia, seja você quem irá auxiliar a pessoa que lhe concedeu um favor. A vida não é um livro contábil, nem a convivência é registrada em colunas assinaladas de vermelho ou verde, representando débito ou crédito, nem tão pouco um toma lá, da cá! Ela é construída, escrita, falada, lida, ouvida, contada em páginas, versos e prosas. E a história registra, doa a quem doer. E as decisões, mesmo políticas, definem o caráter e a personalidade.
O tempo voa e nada impede que um dia, seja você quem irá auxiliar a pessoa que lhe concedeu um favor. A vida não é um livro contábil, nem a convivência é registrada em colunas assinaladas de vermelho ou verde, representando débito ou crédito, nem tão pouco um toma lá, da cá! Ela é construída, escrita, falada, lida, ouvida, contada em páginas, versos e prosas. E a história registra, doa a quem doer. E as decisões, mesmo políticas, definem o caráter e a personalidade.
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