terça-feira, 7 de junho de 2011

"EFEITO PALOCCI" COMEÇA A ROER POPULARIDADE DE DILMA

Até sexta, o procurador-geral se dedicou exclusivamente ao caso Palocci. Nesta semana, sua agenda está cheia de outros compromissos, incluindo uma viagem ao Paraguai a partir da quinta-feira.

De todos os escândalos da era petista, o ‘Paloccigate’ é, por assim dizer, o mais didático. O mensalão envolveu operações financeiras nebulosas e intrincado sistema de repasse$.

O caso do ministro é mais simples. Todo mundo sabe fazer conta de multiplicação. Uma criança de 5 anos sabe que apartamento de R$ 6,6 milhões não é para todo mundo.

Para desassossego de Dilma, a bugrada já começou a juntar o ‘lé’ com o ‘cré’. Pior: Os efeitos da junção começam a aparecer nas sondagens oficiais de opinião pública.

É o que informa o Painel, seção editada pela repórter Renata Lo Prete, na Folha. Leia:
 - Efeito Palocci: No PT, a expectativa geral é a de que Dilma Rousseff dê um desfecho ainda no início da semana para a novela Antonio Palocci, que já se arrasta há mais de 20 dias.

A razão, agora, é a mais pragmática possível: chegou ao comando do partido a informação de que pesquisas internas do governo já mostram corrosão da popularidade da presidente na esteira do episódio envolvendo o titular da Casa Civil.

Os petistas temem que, diante das explicações evasivas do ministro, o noticiário se realimente de revelações a conta-gotas sobre bens e clientes de Palocci, o que poderia minar ainda mais a avaliação de Dilma.

- Aos leões: Às pessoas com quem falou sobre o caso Palocci Lula externou um temor: sem a blindagem do cargo, o ministro ficaria vulnerável à aprovação de uma CPI no Senado, que, a seu ver, seria usada pela oposição para vasculhar contas da campanha de Dilma.

- 10 – 7 = 4: No PT, a preocupação é que, diante de um faturamento anual de sua consultoria que o próprio Palocci estimou em cerca de 30% de R$ 20 milhões nos anos anteriores a 2010, o ministro seja instado a dizer o que fez com o montante que não usou para comprar imóveis.

- Esfinge 1: No início da crise, o Planalto tinha certeza que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, cuja recondução cabe a Dilma, daria um rápido salvo-conduto a Palocci. Mas sua forma silenciosa de trabalho minou essa confiança.

- Esfinge 2: Até sexta, o procurador-geral se dedicou exclusivamente ao caso Palocci. Nesta semana, sua agenda está cheia de outros compromissos, incluindo uma viagem ao Paraguai a partir da quinta-feira.
Fonte: Correiopop.wordpress.com

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