O senador
Cristovam Buarque afirmou nesta terça-feira (27) que a “dívida” do país com a
deputada federal Fátima Bezerra (PT) aumentou depois que ela entrou com recurso
na Câmara Federal para garantir reajuste real ao piso salarial do magistério.
“O Brasil tem
uma dívida muito grande com a deputada federal Fátima Bezerra quando ela
colocou a emenda na Lei do Piso Salarial do Magistério definindo o limite da
carga horária em sala de aula para o professor. Agora, tem uma dívida ainda
maior pela vitória que ela teve em levar para o plenário da câmara dos
deputados a proposta de Lei que define o reajuste do piso salarial. Se não
fosse a luta difícil que ela levou nestas duas últimas semanas, os professores
ficariam com o reajuste abaixo da inflação. Ela conseguiu uma grande vitória em
levar o projeto para o plenário”.
Fátima Bezerra entrou com recurso junto à Câmara dos Deputados para que o Projeto de Lei 3776/08, que define o cálculo de reajuste do piso do magistério, fosse votado em plenário depois que a Comissão de Finanças e Tributação (CFT) aprovou substitutivo definindo que seria usado apenas o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no cálculo.
Pelas regras
atuais, mantidas pelo Senado, o Piso é reajustado com base no INPC (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor) do ano anterior e pela variação do
custo-aluno medido pelo Fundeb (Fundo Nacional de Educação Básica).
“O PL, da forma como passou na CFT, vai reajustar o Piso Salarial Nacional do Magistério de 4,5% a 6%, enquanto o substitutivo aprovado anteriormente pelo Senado Federal e relatado pelo senador Cristovam Buarque (PDT/DF), possibilitaria um reajuste de 22%”, explicou a deputada federal. “O substitutivo aprovado na CFT desvirtua a lei 11.738/08, que criou o Piso, e a meta 17 do Plano Nacional de Educação, que trata da valorização do magistério. Manter o substitutivo da CFT é cometer uma grande injustiça com os professores”.
Havia uma acordo para que fosse mantido o substitutivo do Senado, mas quando o PL 3776/08 voltou para a Câmara, governadores e prefeitos fizeram pressão para que o reajuste se desse apenas pelo INPC.
Fátima Bezerra defende que há recursos para assegurar uma valorização do Piso, já que o Fundeb tem mais de R$ 1 bilhão para serem usados na complementação.
F:AssImp
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