Foto: Mariana Di
Pietro
Na
audiência com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, nessa
terça-feira (2), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o líder do
Democratas José Agripino (RN) disse estar preocupado com a volta da inflação no
Brasil. O parlamentar lembrou que, desde o Plano Real, a meta da inflação –
medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - se manteve
no teto de 6,5%, mas nos últimos doze meses o país já ultrapassou esse limite.
“O Banco Central tem uma tarefa precípua de combate à inflação, o maior e mais
perverso de todos os impostos”, frisou Agripino.
Em relação ao déficit de US$ 5,15 bilhões
na balança comercial brasileira no primeiro trimestre deste ano, Agripino
afirmou que essa é uma mostra clara de que a economia passa por dificuldades.
Segundo o senador potiguar, uma das responsáveis pelo saldo negativo entre as
exportações e importações é a falta de competitividade do Brasil comparada a de
outras nações. “É resultado da perda da competitividade do Brasil frente à
Colômbia, Chile, México. Somos menos competitivos que todos os nossos parceiros
do BRICS e o resultado disso é crise na economia”, frisou Agripino.
O primeiro trimestre deste ano apresentou o
pior resultado da balança comercial dos últimos 12 anos. Em 2001, até então
considerado o pior resultado, a balança comercial teve saldo negativo de US$
404 milhões. No primeiro trimestre deste ano, as exportações tiveram queda de 3,1%;
somaram US$ 50,839 bilhões. As importações atingiram US$ 55,989 bilhões, alta
de 11,6 % .
“O cancelamento da compra de soja
brasileira pela China, porque os navios não conseguiram embarcar, é uma
manifestação clara do descaso do governo brasileiro. A economia foi capaz de
produzir a soja barata, mas a infraestrutura não foi capaz de produzir a saída
do produto”, ressaltou Agripino.
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