quinta-feira, 25 de abril de 2013

PROERD, 20 ANOS DE SEMINÁRIOS TENTANDO MINIMIZAR O USO DAS DROGAS NO PAÍS

 Em Santana do Matos atearam fogo a um cruzeiro de madeira situado no Mirante da cidade, local de belíssima vista panorâmica muito frequentado por jovens a noite. 
Mais um seminário de políticas públicas sobre drogas em Santana do Matos. Entidades e vários representantes de segmentos afins estiveram presentes, além da população em geral que atendeu o convite da secretaria de educação do município. Na verdade até que renovamos as expectativas quando se reúnem prefeito, vereadores, professores, representantes de igrejas católica e evangélicas, secretários, comandante da polícia militar, delegado da policia civil, jovens, cidadãos e cidadãs. Todos ali presentes desejam uma mesma coisa: medidas e ações contra as drogas. Realidade exposta, dificuldades apresentadas, tráfico e consumidores, existente e identificados. Repetitivo mesmo, falar ou escrever sobre isso.
Há mais de 10 anos acompanho seminários sobre drogas no país. O mesmo palco, os mesmos atores e nada de eficiente sai do questionado para atuar nas ruas. Se colocarmos no google a palavra (PROERD) Programa Educacional de Resistência às Drogas, verificamos alguns resultados positivos quando a polícia assume as ações.

O exemplo mais interessante foi um Policial infiltrado no mundo das drogas numa cidade, onde vivenciou como uma experiência. No final puxou a cortina e mostrou pra população onde estão as origens, os agentes e os coadjuvantes drogados. Na puxada de cortina, ele mostrou que os Astros Reis do submundo do crime usam os os jovens como agentes submissos e condenados. Uma realidade que todos constatam no dia a dia. Todo professor de uma escola pública ou particular sabe quais os alunos que usam drogas naquele estabelecimento, a polícia também. Os traficantes, muito deles também são conhecidos pela polícia como também seus meios e criatividade para manter o tráfico. Portanto o problema das drogas no país não é resolvido por programas, projetos ou seminários. O problema é simplesmente de polícia. É uma questão de ações repressivas com apoio e decisões políticas. Seria bom começar com Tolerância 0,0001, já que Tolerância Zero, foi resolvido em Nova Iorque que era a mais violenta do mundo. Tudo foi resolvido em um ano. É só querer. Seminário, não resolve mesmo!
Prédios abandonados na região Alphabet City, na região de Lower East Side, em Nova York em 1986 , a área era dominada e frequentada por traficantes e drogados. (Frances M. Roberts/Latinstock) 
Nova York também teve sua cracolândia. E um governante conseguiu acabar com ela. O Bryant Park, no coração de Manhattan, entre as ruas 40 e 42, virou um mercado de drogas a céu aberto cercado por traficantes, viciados e mendigos nos anos 80. Hoje, a região está plenamente recuperada.

No início da década de 1990, o então prefeito de Nova York, Rudolph W. Giuliani, instaurou a política de tolerância zero, que impunha punições automáticas para qualquer tipo de infração, como a pichação, por exemplo. O objetivo é eliminar por completo a conduta criminosa e as contravenções. Durante sua administração, Giuliani reduziu pela metade as taxas de criminalidade de Nova York. Uma das armas foi a adoção do Compsat, um sistema utilizado pela polícia para detectar os principais pontos onde ocorrem os atos criminosos e levar a uma ação rápida de combate ao crime.

A legislação mais dura, combinada à ação policial respaldada pela política de tolerância zero, o crescimento econômico e mudanças demográficas, como o envelhecimento da população, são apontados como os principais fatores responsáveis pela redução de cerca de 80% nas taxas de crimes em geral em um período de 20 anos. Em 2010, a cidade registrou 536 homicídios. Alguns especialistas também argumentam que os efeitos destrutivos do crack tornaram-se aparentes, fazendo com que os novos usuários, com medo do poder maléfico da droga, ficassem longe dele.
Santana do Matos - Centro - Vista aérea
Em Santana do Matos temos que quebrar alguns conceitos, principalmente de alguns pais que não encaram e nem se propõem à ajudar quando se trata do problema de seus próprios filhos. A comparação feita com New York seria um exagero quanto ao número de crimes, mas, atear fogo a monumentos e símbolos de nossa religiosidade alcança os mesmos níveis de intolerância e criminalidade aos olhos de nossa gente. Assim como, os recentes furtos e arrombamentos sinalizam um vetor crescente de problemas a serem enfrentados. Portanto, tudo que foi colocado, questionado e ações que sejam executadas, servirão de apoio ao que de maior importância e eficácia se possa fazer que é a repressão ostensiva e constante da policia militar, atuando na rua.

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