Segundo a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, os aumentos vão ficar, em média, entre 10% e 12%.
O ano começou com uma preocupação para muitos pais: as mensalidades
escolares tiveram reajuste acima da inflação. A orientação é negociar
com as escolas.
O valor do reajuste da mensalidade está tirando o sono de um grupo de
universitários do Rio. No boleto de dezembro do curso de medicina da
Universidade Gama Filho, o valor era de R$ 2.749,87. Já o de janeiro pulou para R$ 3.450,00. Um aumento de mais de 25%.
“Levei um susto quando cheguei em casa e vi a mensalidade de janeiro, sem aviso prévio nenhum. Como vou pagar?”, conta a estudante de medicina Wilma Martino.
Em 2011, a educação subiu acima do IPCA-15. É uma prévia do índice de
preços ao consumidor amplo, que norteia a política de metas da inflação
do governo. Independentemente da idade do aluno, as reclamações são
parecidas: reajustes da mensalidade acima da inflação e cobranças
consideradas indevidas ou que não constam nos contratos.
A oceanógrafa Gisele Barreto vai pagar pela mensalidade da filha clara, de 4 anos, 10% a mais do que em 2011. A escola não explicou o porquê do aumento.
“Teria que receber uma planilha, até para entender por que aumentou tanto, como eles chegaram a essa conta”, diz.
Os reajustes das mensalidades variam em todo o país. Segundo a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, os aumentos vão ficar, em média, entre 10% e 12%.
“Existem muitas escolas, hoje, com necessidade de investimento em tecnologia”, diz João Roberto Alves, da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino.
A orientação de Procons de todo o país é que os pais tentem negociar com as escolas. “Nesse acordo, primeiramente, essa escola tem que apresentar aos pais uma planilha justificando o porquê do reajuste. Caso eles não concordem, eles podem procurar o Procon, fazendo uma reclamação. A única forma de ter uma valor justo é os pais reclamando”, diz Camile Linhares, advogada do Procon do Rio de Janeiro.
F:G1
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