“O Governo faz reuniões governamentais para discutir o problema e tentar
corrigir o valor do salário-família”, diz Gabribaldi Alves, ministro da
Previdência.
O
reajuste do salário mínimo acima da inflação do ano passado acabou
provocando um efeito indesejado para os trabalhadores que também recebem
o salário-família. O benefício é dado ao trabalhador que tem filhos com
até 14 anos de idade.
O valor é pago de acordo com duas faixas salariais. Em dezembro, foram R$ 29, 43 por filho para quem recebia salário de até R$ 573,58. Para quem ganhava acima deste valor e até R$ 862,11, o valor do salário.
Por lei, o salário-família foi reajustado este mês pelo INPC, cuja alta de 6,08% corresponde a menos da metade do aumento concedido ao salário mínimo, de 14,13%.
Com
isso, portanto, criou-se uma distorção. Atualmente, o salário mínimo é
de R$ 622, enquanto só terá direito ao salário-família integral quem
recebe até R$ 608,80.
Assim, o trabalhador que, até dezembro, recebia a parcela integral de R$ 29,43, a partir de agora vai ganhar R$ 22,00, quase R$ 8 a menos por filho. Isso sem falar que se continuasse a receber o salário-família integral teria direito a R$ 31,22.
O governo reconhece o prejuízo para o trabalhador e estuda manter o pagamento integral do salário-família para quem ganha até um salário mínimo.
“O governo foi surpreendido com isso e já está, diante desta preocupação, se processando reuniões governamentais para discutir o problema e tentar corrigir o valor do salário-família”, diz Gabribaldi Alves, ministro da Previdência.
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