sábado, 28 de janeiro de 2012

NOVA TRAGÉDIA, VELHOS ERROS


O desabamento de três prédios na Cinelândia, no Rio de Janeiro que deixou 17 mortos e feridos, mostra que erros, negligência, velhas construções, reformas e adaptações  podem estar por trás de mais uma tragédia na cidade.

O problema não é específico no Rio, várias capitais brasileiras, principalmente nos grandes centros convivem com essa problemática. Prédios antigos, inadequados e superados por suas áreas construídas, defasados em termos de custos e benefícios, construções anexadas, outras protegidas e tombadas como patrimônio público, posses, heranças, tudo isso acumulando dificuldades gerenciais e administrativas para modernização, conservação e soluções economicamente necessárias nessas áreas.

No caso específico do Rio, um prédio de 20 andares, que ruiu sobre outros dois, estavam sendo realizadas, sem licença do Crea-RJ, duas obras de grande porte, no 3º e no 9º andares. “Eram obras irregulares, com certeza”, disse o presidente da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes da entidade, Luiz Antonio Cosenza. Além disso, as obras não tinham licença da Secretaria de Urbanismo - obrigatória, conforme o Plano Diretor, quando reformas são realizadas no entorno de bens tombados.

O prédio era vizinho do Teatro Municipal, protegido pelo Iphan. A prefeitura alega que a exigência só se aplicaria a obras que afetem a ambiência. As responsabilidades serão pulverizadas por órgãos, setores e instituições, tentando assim, os órgãos responsáveis dividir suas responsabilidades, até certo ponto com atenuantes, ante  a pluralidade de interesses e ações pessoais e governamentais.

As obras continuam, os problemas  permanecem, possibilitando sempre novos acidentes ante as negligências no setor em todo o país.

Um comentário:

  1. Posto como comentário, o e-mail recebido do leitor e amigo Julio Melo.
    Sete Lagoas - MG

    Mais uma tragédia anunciada, talvez vista por alguns, mas nada, absolutamente nada foi feito a tempo, quantos prédios, marquizes, muros, galpões, casas, sobrados, enfim, quantos outras edificações estão nestas condições ruíns em nosso país? Pra que serve a defesa Civil? Dar entrevistas pós desgraças? em BH recentemente um prédio tombando, apesar de alguns moradores negarem sair, foram retirados quase que a força por quem de direito, dia após o prédio veio abaixo, a prevenção evita mortes e prejuízos maiores, portanto é preciso nossas autoridades vestirem a camisa da seriedade e mandar seu pessoal cair em campo, fiscalizar, prever, fazer visitas e penalizar obras mal direcionadas, sem aval de engenheiros responsáveis por pura economia, para evitarmos catástrofes desta natureza muito na moda em nossos dias, a copa vem ai, o mêdo viaja ao mundo, os mal satisfeitos com a copa aqui ou países em crise total gostam e difundem em alta escala tais fatos.

    Julio Jose de Melo
    Sete lagoas MG

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