O presidente dos Democratas defende CPMI comprometida com a verdade dos fatos
O
presidente nacional dos Democratas, senador José Agripino (RN), defende
que os trabalhos da comissão mista parlamentar de inquérito (CPMI) para
investigar o caso Carlinhos Cachoeira sejam conduzidos com equilíbrio,
seriedade e comprometimento com a verdade dos fatos. “Quem tentar
blindar as investigações, pagará um preço alto com a opinião pública,
terá que prestar conta com a sociedade brasileira que está de atenta ao
caso”, alertou.
Ciente
de que dificilmente a base governista abrirá mão da relatoria ou da
presidência para garantir o contraponto na comissão, Agripino ressalta a
necessidade de rigor absoluto na apuração do escândalo que envolve
tanto o setor público quanto a iniciativa privada. “Não adianta o
governo tentar manobras. Se isso acontecer, a sociedade certamente se
indignará porque há evidências claríssimas que precisam ser investigadas
a fundo. Quem tentar frear os trabalhos da comissão, terá que prestar
conta com o povo brasileiro”, frisou José Agripino, que também é líder
do Democratas no Senado.
A
leitura do requerimento que cria a CPMI foi feita na manhã desta
quinta-feira (19), em sessão do Congresso Nacional. A partir de agora,
os partidos têm cinco dias para indicar os integrantes da comissão - 15
deputados e 15 senadores, com igual número de suplentes. Para compor o
bloco oposicionista no Senado – formado por três parlamentares -, o
Democratas indicará o senador Jayme Campos (MT) para fazer parte da
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito.
Caso Carlinhos Cachoeira
O
empresário de jogos ilegais Carlos Augusto de Almeida Ramos, o
Carlinhos Cachoeira, foi preso em fevereiro durante a Operação Monte
Carlo, da Polícia Federal, que desarticulou organização que explorava
máquinas de caça-níqueis no estado de Goiás. Cachoeira é suspeito de
vários crimes, entre os quais corrupção ativa e passiva, lavagem de
dinheiro, falsidade ideológica e contrabando. A CPMI vai investigar,
também, a relação de Cachoeira com empresários, políticos e servidores
públicos.
F: AssCom
Foto: Mariana Di Prieto
Foto: Mariana Di Prieto
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