Durante
as fases do processo, o interrogatório de testemunhas e de reclamantes é
um ato fundamental para apuração dos fatos e uma ferramenta importante
para o trabalho do juiz no trabalho de produção de provas e elucidação
de dúvidas.
Para
atualizar seus juízes nas técnicas de investigação baseadas no
interrogatório, o Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região realizou
um curso de Coleta da Prova Oral, em sua Escola Judicial , ministrado
pelo bacharel em Direito e agente da Polícia Federal, Oscar Marcelo
Silveira.
“Passamos
aos juízes conceitos de psicologia da comunicação, linguagem corporal,
noções de análise do discurso e de detecção de mentiras. Essas são
informações muito importantes para o magistrado durante uma coleta de
prova oral”, destaca o professor.
Oscar
Marcelo Silveira alerta que é preciso ficar atento à postura do
depoente, às suas expressões faciais e ao modo de falar. “Esses são
indicativos de veracidade ou de mentira diante dos questionamentos e o
juiz precisa observar todos os tipos de linguagem, como a fala, as
inflexões e o movimento corporal”, explica.
Entre
as dicas para um bom interrogatório, relaciona Oscar, está a postura do
interrogador, a disposição dos móveis na sala de audiência e até a
cadeira usada pelo depoente.
“O
interrogador deve estar próximo dele, pois é muito mais difícil mentir
quando se está frente a frente da pessoa que questiona”, ensina o
instrutor. “A cadeira do depoente deve ser rígida e sem braços para que o
interrogado esteja livre e o magistrado analise melhor as reações dele
durante a audiência”, finalizou Oscar Marcelo Silveira.
O
curso de Coleta da Prova Oral vem sendo realizado em outros TRTs do
país, como o do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Bahia,
Pernambuco, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina,
Alagoas, Sergipe, Goiás e Brasília.
F: AsCom TRT-RN 21ª Região
F: AsCom TRT-RN 21ª Região
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