terça-feira, 17 de abril de 2012

PGR APRECIA DENÚNCIA CONTRA DESEMBARGADOR

MP-RN fez representação contra Expedito Ferreira. Conteúdo teria vinculação com Operação Sinal fechado


Magistrado é citado em gravações, mas não havia sido denunciado pelo MPE. Foto: Eduardo Maia/DN/D.A Press
O Ministério Público Federal (MPF) está apreciando uma representação feita pelo Ministério Público Estadual (MP-RN) na qual é citado o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN), Expedito Ferreira de Souza. O documento chegou à Procuradoria Geral da República (PGR), em Brasília, no dia 26 de março deste ano e teria vinculação com a Operação Sinal Fechado, que apura denúncias de fraudes na implantação da inspeção veicular no RN. A assessoria de imprensa da PGR disse não poder fornecer mais detalhes da situação da denúncia, visto que a mesma estava em fase de apreciação.

Apesar das várias tentativas da reportagem do Diário de Natal, não foi possível uma resposta do procurador geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, sobre o envio do documento ao MPF. Durante coletiva de imprensa concedida semana passada, a respeito da Operação Judas, Onofre Neto esclareceu que quando foi apontada a participação de desembargadores no suposto esquema de desvios de recursos na divisão de Precatórios do TJ, o mesmo entrou com uma representação na Procuradoria Geral da República, a quem cabe investigar as autoridades com foro privilegiado.

O nome de Expedito Ferreira surgiu várias vezes em conversas gravadas pelo Ministério Público Estadual durante as investigações da Operação Sinal Fechado. Porém, em nenhum momento na denúncia inicial oferecida pelos promotores à Justiça, o desembargador aparece como um dos participantes do esquema. Expedito é sempre citado junto com o filho, o ex-diretor geral do Detran, Érico Valério, que foi denunciado por formação de quadrilha e fraude em licitação pelo MP. 
F: DN

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