O poeta Chico Macedo, como era carinhosamente chamado por muitos amigos da velha guarda tinha 63 anos. Estava em casa quando passou mal no sábado e foi
encaminhado com urgência para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro
Pajussara, zona norte de Natal, posteriormente encaminhado a um hospital onde
sofreu quatro paradas cardíacas, vindo a falecer no domingo as 13:00h.
...E SUAS TROVAS
FICARAM
Na vida, a
única certeza,
é a morte com seus critérios...
A enfrentarei com grandeza,
mergulhando em seus mistérios.
é a morte com seus critérios...
A enfrentarei com grandeza,
mergulhando em seus mistérios.
Autor: Francisco
Macedo/RN–
TRIBUTO A
ADEMAR
(Ao irmão Ademar Macedo)
Autor: Francisco Macedo/RN
(Ao irmão Ademar Macedo)
Autor: Francisco Macedo/RN
A vida de Ademar é um sarau,
sem nenhuma poesia repetida,
razão desta homenagem merecida
desde o primeiro ao último degrau
Suas duas muletas são a nau
pelos mares revoltos desta vida,
para vencer qualquer uma corrida
sempre ao lado do bem, vencendo o mau.
pelos mares revoltos desta vida,
para vencer qualquer uma corrida
sempre ao lado do bem, vencendo o mau.
Mesmo útero materno concebeu,
já nascemos, poetas, ele e eu.
Vigésimo e vigésimo primeiro.
já nascemos, poetas, ele e eu.
Vigésimo e vigésimo primeiro.
Nas três vezes venceu a própria morte,
obrigado, meu Deus, por ter a sorte,
der tê-lo como irmão e companheiro!
obrigado, meu Deus, por ter a sorte,
der tê-lo como irmão e companheiro!
OS SERTANEJOS
Autor: Francisco
Macedo/RN
Vejo, hoje, os rastros dos seus pés, cansados,
que ficaram no chão do seu viver,
muito plantaste e o mínimo a colher,
pelas vazantes, pelos teus roçados!
Hoje, sozinhos, filhos dispersados,
e, cada ausência, como que a dizer:
Em cada filho está seu próprio ser
que de si mesmo são perpetuados.
Trôpegos, sob um feixe de capim,
curta é a distancia do seu próprio fim,
é a lenda viva deste meu sertão.
Vendo o seu vulto que se distancia,
dessas pegadas faço a poesia,
para externar a minha gratidão.
Vejo, hoje, os rastros dos seus pés, cansados,
que ficaram no chão do seu viver,
muito plantaste e o mínimo a colher,
pelas vazantes, pelos teus roçados!
Hoje, sozinhos, filhos dispersados,
e, cada ausência, como que a dizer:
Em cada filho está seu próprio ser
que de si mesmo são perpetuados.
Trôpegos, sob um feixe de capim,
curta é a distancia do seu próprio fim,
é a lenda viva deste meu sertão.
Vendo o seu vulto que se distancia,
dessas pegadas faço a poesia,
para externar a minha gratidão.
AO POETA CHICO MACEDO
A última vez que estive com Chico Macedo foi em Santana do Matos no dia 19 de Julho de 2011, por ocasião de um Sarau nas comemorações da Festa de Nossa Senhora Sant’Ana: Sarau Lítero Musical – Santana do Matos em Poesia. Ao encontrá-lo nos bastidores e falar da honra de está ali presente
e participar do evento ao lado do ídolo, ele foi, espontâneo, sincero e brincalhão. O abraço foi grande e ele me disse: não te falei ... quando não servires pra mais nada, serás um poeta ... risos ...!
Era sempre assim: humor, sempre humor em todos os momentos, inclusive naqueles formais. Sorriso aberto, palavras fáceis, sensibilidade e acervo cultural, Chico com esses e tantos outros valores centralizava às atenções onde estivesse. Em qualquer assunto participava ativamente com colocações inteligentes e hilariantes, valorizando sempre as atividades culturais.
A última vez que estive com Chico Macedo foi em Santana do Matos no dia 19 de Julho de 2011, por ocasião de um Sarau nas comemorações da Festa de Nossa Senhora Sant’Ana: Sarau Lítero Musical – Santana do Matos em Poesia. Ao encontrá-lo nos bastidores e falar da honra de está ali presente
e participar do evento ao lado do ídolo, ele foi, espontâneo, sincero e brincalhão. O abraço foi grande e ele me disse: não te falei ... quando não servires pra mais nada, serás um poeta ... risos ...!
Era sempre assim: humor, sempre humor em todos os momentos, inclusive naqueles formais. Sorriso aberto, palavras fáceis, sensibilidade e acervo cultural, Chico com esses e tantos outros valores centralizava às atenções onde estivesse. Em qualquer assunto participava ativamente com colocações inteligentes e hilariantes, valorizando sempre as atividades culturais.
AO AMIGO CHICO MACEDO
Certamente em outros Saraus vamos nos encontrar. Levarei anotado tudo que foi dito e estão a falar de você. E como se inspira os sentimentos, pela lembrança viva, a matéria sentida, os valores intrínsecos, o desgaste sofrido, a matéria ruindo, os que ficam sofrendo tentando se encontrar.
A fenda que absolve, a luz que apaga, o novo clarão que surge, a vida em mistério, a mente a pensar, os momentos vividos, a historia prescrita, a imagem acrescida, a vida que finda, que seja conveniente esquecer, que sejamos capazes. Que se sinta, uma lágrima minada, que descanse em paz.
Dutra Assunção
A poesia Amor Virtual já tinha postado no Redação Cajarana, considero um dos textos mais criativos e atualizado do poeta Francisco Neves Macedo.
AMOR VIRTUAL
Meu amor, por favor, não me “delete”,
Meu amor, por favor, não me “delete”,
na “informática” vamos “navegar”...
Se você resolver me “formatar”,
eu esqueço de vez essa “Olivetti”...
No mundo virtual dessa “internet”,
meu “e-mail” você pode “clicar”,
meu “e-mail” você pode “clicar”,
vê no “Orkut”, “Word” é só você gravar
no DVD em vez de algum disquete.
PowerPoint com mensagens virtuais,
que eu edito nos Chip,s especiais
que pelo yahoo eu faço a transmissão.
Mas se este meu amor não der ibope,
se me trocares por qualquer laptop...
Tens um pendrive em vez de um coração...
Os poetas são assim:
ResponderExcluir"Criam seu mundo,
compartilha com um o mundo
e vão viver noutro mundo"
"Quando o tempo superar a perda
as lembranças trarão a saudade"
Muito Obrigado, recebemos suas homenagens, lemos tudo. Diógenes Macedo e Familia
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